Estratégia é atacar o acumulativo de procedimentos estagnados no município
Mutirões de cirurgias com registro de até 50 procedimentos em um final de semana; aperfeiçoamento de processos internos e aumento de recursos para exames laboratoriais e outros serviços da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reduziram e, em alguns casos, até mesmo acabaram com filas de espera por exames e cirurgias na cidade, uma demanda reprimida que o Sistema Único de Saúde (SUS) de Itabira acumulava há anos e que se intensificou com a pandemia da covid-19.
Os resultados foram apresentados pela gestora da SMS, Clarissa Lages Santos, durante prestação de contas à Câmara de Vereadores, nesta terça-feira (10). A representante da Prefeitura de Itabira falou dos esforços para atacar a fila de exames e procedimentos eletivos e destacou o engajamento das equipes da SMS, do Consórcio Intermunicipal do Centro Leste (Ciscel) e dos hospitais, Municipal Carlos Chagas (HMCC), e Nossa Senhora das Dores (HNSD).
Em julho, foram 118 procedimentos; em agosto, 171; em setembro, esse número saltou para 238. Para outubro, já estão previstos mais 470 procedimentos, sendo 200 de cirurgias eletivas. Esse número é encorpado por procedimentos que antes não eram oferecidos na rede municipal, mas que agora são opção, casos das cirurgias ginecológicas e de ortopedia eletiva. Os investimentos são de R$ 500 mil apenas no HMCC.
Em maio, 2.335 pessoas aguardavam pelo atendimento, número que foi a zero em agosto. O mesmo com a consulta de coloprocto, cuja demanda foi de 60 a nenhuma espera em agosto. No caso da gastroenterologia, a fila foi de 541 para 59. Uma das principais procuras na rede secundária, o exame de colonoscopia teve a fila reduzida de 1.210, que se acumulava desde 2019, para 560 em agosto, e o planejamento é de que seja totalmente zerada em 2022.
“É um programa extenso, que envolveu esforços não só das equipes da SMS, mas de toda equipe de unidades como o Pronto Socorro Municipal, do HNSD e do Carlos Chagas. São filas que tradicionalmente são altas mesmo, mas que, devido à pandemia, se intensificaram. A expectativa é de que até o fim do ano a gente consiga regularizar bastante toda essa demanda, o que para nós é uma grande conquista”, destacou a secretária Clarissa Lages. A demanda reprimida das cirurgias teve redução de 88% nos últimos meses.
As cirurgias ginecológicas já atacaram 70% da fila, enquanto a de ortopedia eletiva, com 60 procedimentos mensais, vai zerar a demanda reprimida completamente nos próximos seis meses. Além de autorizar maior número de exames pelos laboratórios credenciados, a Secretaria de Saúde criou postos de coleta de material em 11 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), e dobrou o quantitativo de coletas na zona rural. A descentralização facilita o acesso do paciente ao serviço.
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