Taxas no mercado de crédito podem superar 200% de variação

A alta da inflação que provocou o aumento da Selic e, por consequência, o maior custo do endividamento, aliada à redução da renda da população brasileira por conta da conjuntura econômica levaram ao endividamento das famílias brasileiras e consequente aumento da inadimplência. Neste cenário, para manter a sustentabilidade financeira, é preciso avaliar o custo da dívida e, usar o patrimônio acumulado na previdência complementar, pode ser um excelente negócio. Segundo levantamento da Prevtech uFund, a média das taxas desta modalidade de crédito podem ficar ao redor de 1% ao mês, enquanto o custo médio do consignado (INSS) se encontra em 1,9% e do financiamento de veículos em 2%.

A pesquisa levou em consideração um empréstimo no valor R$ 5.000 em 60 vezes. “É possível financiar automóveis, imóveis, bens de consumo, viagens com juros bem menores porque o próprio patrimônio do participante acumulado no fundo de previdência serve como garantia do empréstimo”, destaca o CEO da uFund, Alexandre Teixeira ao justificar a diferença do custo do financiamento. As parcelas do financiamento podem ser descontadas na folha de pagamento de salários ou de benefícios previdenciários. “Isso permite uma redução expressiva do custo e da burocracia que a constituição das garantias tradicionais impõe, através de hipotecas de imóveis e alienação fiduciária de veículos, por exemplo,” revela Alexandre Teixeira.

São cerca de 3,8 milhões de participantes de planos de previdência complementar fechada que podem ter acesso rápido e seguro às linhas de crédito ofertadas pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs). “Essas pessoas podem fazer empréstimos mais em conta, garantindo sua sustentabilidade financeira, sem abrir mão da poupança para a aposentadoria”, ressalta Teixeira. Ele explica que o potencial de crescimento do volume de concessões deste tipo é enorme. As entidades administram patrimônio superior a R$ 1 trilhão, sendo que 15% deste montante, ou seja, R$ 150 bilhões podem ser disponibilizados em linhas de crédito para os participantes. Porém, apenas 2,1% (R$ 21 bilhões) estão sendo empregados para esta finalidade. “Muitas vezes, tais recursos estão investidos em ativos de maior risco ou menor potencial de retorno”, diz.

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