Fonte do bairro Penha: água não potável provoca riscos de doenças graves

Local onde o recurso hídrico enche caminhões-pipa de água não potável

O consumo de água não potável oferece riscos graves a saúde. A utilização pode provocar no corpo humano: diarreia, febre tifoide (doença bacteriana), hepatite A (inflamação no fígado), leptospirose (doença infecciosa febril aguda transmitida pela urina de ratos, principalmente), cólera (enfermidade bacteriana que leva a desidratação grave), gastroenterocolite (infecções intestinais), giardíase ou amebíase (infecção intestinal causada por protozoário), esquistossomose (infecção parasitária), e intoxicação por metais pesados, que pode impactar rins, ossos, fígado e sistema nervoso, além de aumento do risco de câncer, entre outras enfermidades importantes.

Água tem que passar por análise laboratorial. Fonte: Freepik

Especialistas recomendam o consumo depois do processo de filtragem, e recebidas através das companhias, que dispõe de tratamento hídrico adequado. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itabira, se posicionou, ao tomar conhecimento que figuras públicas nas redes sociais, têm assumido o risco do consumo, em fontes sem análise de composição. “Alguns requisitos técnicos devem ser considerados antes mesmo do tratamento e distribuição. Isso inclui a obtenção de autorização de captação e análise de vazão, garantindo que a fonte pode fornecer a quantidade necessária. Nem toda água é adequada para abastecimento,” cita nota do Saae.

Fonte: Reprodução/Google

A publicação se refere a uma nascente localizada no bairro Penha, próximo a residência 240, na rua Tenente Cândido Eliziário. “A logística de transporte também deve ser considerada, garantindo o abastecimento eficiente. Por essas razões, o Saae não utiliza a água desta nascente. O recurso provém de fonte disponibilizada por meio de mangote (mangueira curta), até a rua. O Saae não possui nenhum tipo de instrumento legal, outorga ou cadastro de uso, que garanta o efetivo direito de acesso. A ausência do documento significa que, o acesso não está autorizado, assim, essa ausência de outorga, baixa vazão e logística inviável, impedem o uso legal,” informou o Saae.

No local, água tem sido usada para lavagem de veículos

“A água fornecida no local é considerada bruta, ou seja, sem tratamento, e inadequada ao consumo. É necessário tratamento específico, como ocorre em Estação de Tratamento de Água (ETA), por meio de ciclo completo de apuração. A estação mais próxima é a Gatos, localizada no bairro Pedreira, a mais de seis quilômetros. Desta forma, a captação com caminhão-pipa é inviável logisticamente, devido à vazão limitada, implicando no maior esforço para gerenciar o número de viagens necessárias ao transporte, além do tempo de abastecimento e acesso às vias, entre outros fatores dificultadores para manter sua continuidade”, finaliza a nota emitida pela autarquia itabirana, responsável pelo tratamento de água.

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