Mitos e verdade sobre a amamentação, em debate no: “Agosto Dourado”

Foto: Arquivo

O mês é conhecido como “Agosto Dourado” por simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação. A cor está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno. Com a celebração do Dia Mundial da Amamentação, realizado anualmente em 1º de agosto, o mês dá início à Semana Mundial de Aleitamento Materno. Os índices de aleitamento aumentaram no Brasil, segundo resultados preliminares do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Ernani), do Ministério da Saúde (MS).

Os benefícios para o bebê são inúmeros, explica a pediatra Patty Terrível. “O leite materno protege contra diarreias, infecções respiratórias e alergias. Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, além de reduzir a chance de desenvolver obesidade”, afirmou. Ainda de acordo com a especialista em amamentação, crianças amamentadas no peito são mais inteligentes, há evidências de que o aleitamento materno contribui para o desenvolvimento cognitivo.

A Semana Mundial da Amamentação está apoiada em quatro pilares: Informar sobre as desigualdades existentes no apoio à amamentação e sobre os seus indicadores; promover ações para reduzir as desigualdades no apoio à amamentação com foco em grupos de apoio; consolidar a amamentação como um fator que contribui para diminuir as diferenças na sociedade; e envolver líderes como pessoas e organizações para colaborar e apoiar a amamentação.

Mito ou Verdade

  • Algumas mães produzem leite fraco:
    Primeiramente e o maior mito sobre amamentação. Toda a mãe é capaz de produzir o leite com os nutrientes necessários para suprir todas as necessidades do bebê, independente da condição nutricional da mãe.
  •  A amamentação deve ser a única fonte de alimentação do bebê até os 6 meses:
    E até os seis meses o bebê pode receber única e exclusivamente o leite materno da mãe para alimentação e hidratação.
  • Amamentar é instintivo:
    Portanto amamentar exige dedicação e preparo, é um aprendizado para a mãe e para o bebê, vai exigir muito mais do que adaptações fisiológicas da mulher, requer calma e paciência no início.
  • Quem amamenta consome mais água e calorias:
    A produção de leite exige um consumo maior de água e também aumenta o gasto calórico. Naturalmente, com o tempo, o ato de amamentar ajuda a mãe a perder o peso acumulado na gestação. Confira aqui as dicas sobre nutrição na amamentação.
  • É preciso revezar os seios durante a amamentação:
    O ideal é esgotar o leite de uma mama primeiro, para só então trocar, se o bebê ainda tiver fome.
  • O estresse pode afetar a produção de leite:
    Contudo, as situações de estresse e cansaço podem afetar a produção de leite.
  • O bebê precisa ser amamentado a cada três horas:
    Não há um tempo específico, nos primeiros dias de vida do bebê a mãe deve amamentar em livre demanda e sempre de acordo com as necessidades do bebê.
  • Amamentar fortalece a imunidade do bebê:
    Além de suprir todas as necessidades nutricionais do bebê, o leite materno contribui no desenvolvimento do sistema imunológico que vai ajudar a protegê-lo de doenças e infecções gastro intestinais e até mesmo respiratórias.
  • A mulher que está amamentando não engravida:
    A amamentação influencia na fertilidade, contudo não é um método 100% seguro. Isso porque ao espaçar as mamadas pode ocorrer a ovulação, oportunizando a gravidez. É recomendado que a mãe converse com seu médico sobre métodos contraceptivos indicados para o período.
  • Mamadeira e chupeta interferem no aleitamento:
    Bicos artificiais e oferta do leite em mamadeira podem prejudicar o aleitamento, pois podem confundir o bebê de forma a rejeitar o seio materno.

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