O projeto “Tenda do Conto” é desenvolvido pelo serviço de saúde mental de Itabira. As reuniões ocorrem nos territórios, ou por demanda apresentada, permitindo que os participantes falem de suas experiências e vivências pessoais. Um objeto é levado aos encontros, para iniciar a narrativa, possibilitando compartilhar momentos, e reduzir o distanciamento social. Tânia Couto, terapeuta ocupacional, e dois organizadores: Marinete Nunes e Anderson Antônio da Mata estiveram nos estúdios da rádio Itabira, nesta terça-feira (23), explicando como a ferramenta funciona.
“Realizamos os encontros, através do Centro de Convivência Interagir. E nesse momento estamos nos bairros com as agentes de saúde. Fizemos a formação em fevereiro, com a própria criadora, e trabalhadores das equipes, para levar aos seus territórios. Convidamos através das Unidades de Saúde. E assim, realizamos essa ação a mais de um ano, com a finalidade de disseminar e semear para as comunidades. Toda a última quinta-feira, por exemplo, estamos no Cras Pedreira, como em alguns PSFs, Museu de Itabira, e na iniciativa privada, quando convidados,” disse Tânia Couto.
“Nós temos os materiais na mochila, mas pedimos para trazer o objeto que traz a lembrança, porque é importante ouvir as suas histórias. Achamos isso muito bonito, quando trazem o que vem de dentro, e se têm o prazer em contar. Pode ser algo que remete a lembrança da família, porque geralmente, a gente fecha no trabalho, mas o tema mais trazido é a juventude. É muito bom, e gratificante, perceber que eles reconhecem que estamos ali para ajudar. Nosso objetivo é acolher as pessoas, fazer se sentirem abertos para conversar, e se permitir ser ouvido”, revela Marinete Nunes.
“Na ‘Tenda do Conto’, aquelas pessoas que gostam de tocar violão, podem também compartilhar. Não sou apenas a aquela pessoa que vai estar ali, com a intervenção musical. É interessante quando nós falamos tanto dos objetos, em levar o instrumento, e assim, me recordo de uma das cenas que uma das participantes trouxe a mim. Ela sentou na cadeira, e começou a contar a sua história. Eu vejo que o objeto pode ser o pretexto, para trazer aquilo que tem mais precioso, que é a própria pessoa”, finaliza Anderson Antônio da Mata, responsável pela vivência musical.
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