GRS capacita cidades para atuar em surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar

Crédito: Flávio Samuel/GRS Itabira

A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, em uma ação conjunta das coordenações de Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária e Vigilância em Saúde, promoveu nos dias sete, oito e nove de maio, capacitação para Surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA) no auditório da Centro Universitário Funcesi (Unifuncesi). A atividade foi direcionada aos profissionais de Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, Vigilância em Saúde do Trabalhador, Vigilância Sanitária, Atenção Primária à Saúde (APS) e Vigilância Epidemiológica Hospitalar dos 27 municípios que compõe as três microrregiões de saúde.

Crédito: Flávio Samuel/GRS Itabira

A capacitação contou com palestras de referências técnicas da GRS Itabira, das Superintendências de Vigilância Sanitária e Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e referências técnicas da Fundação Ezequiel Dias (Funed). De acordo com Aline Graziele Fernandes Martins da Costa, coordenadora de Vigilância Epidemiológica, a DTHA é uma síndrome constituída de anorexia, náuseas, vômitos e diarreia, além de febre, pela ingestão de alimentos ou água contaminados. Os surtos se referem à ocorrência de dois ou mais casos, relacionados epidemiologicamente ou de apenas doenças raras.

Crédito: Flávio Samuel/GRS Itabira

“A Vigilância Epidemiológica das DTHA é dinâmica e deve se adaptar tanto às mudanças que ocorrem no perfil epidemiológico das doenças quanto à evolução das práticas de gestão e, nesse sentido, é essencial que as equipes da vigilância estejam atualizadas para a atuação em novos cenários, sempre que necessário”, explicou Aline Martins da Costa. E ainda acrescentou que a capacitação foi realizada em parceria com as referências técnicas em DTHA e referências técnicas da Funed, que vem sendo planejada há bastante tempo e foi momento importante de articulação das áreas envolvidas nas investigações de surtos de DTHA.

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O objetivo foi capacitar as referências técnicas municipais, no que se refere ao monitoramento da ocorrência, notificação e investigação epidemiológica destes eventos que podem representar risco à saúde pública. “Os dados epidemiológicos demonstram que houve somente 79 surtos no período de 2014 a 2023 notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) na jurisdição da GRS. Esperamos que com a capacitação as equipes de vigilância estejam mais sensíveis para identificar os eventos associados à transmissão hídrica e alimentar que possam apresentar risco à saúde pública”, disse a coordenadora.

Crédito: Flávio Samuel/GRS Itabira

O encontrou visou abordar temas como: notificação imediata, processo de investigação, da articulação e definição das ações que devem ser feitas pelos membros das diferentes equipes envolvidas no processo, intervenção oportuna que vise à prevenção, assim como o controle de possíveis outros surtos de origem alimentar. “Os técnicos municipais também foram sensibilizados quanto à adesão e realização das ações relacionadas ao Programa de Fortalecimento do Sistema Estadual de Vigilância em Saúde”, avalia Cláudia Beatriz de Oliveira Fróes, referência técnica em Surtos de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA).

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E também utilizaram como exemplo, o surto de DTHA ocorrido no município de São Domingos do Prata, cujo processo de investigação foi executado de forma ágil e eficaz. Entre os temas abordados, destaque ao cenário epidemiológico de Doenças Diarreicas Agudas (DDA) e Surtos de DTHA; e a experiência exitosa do município de São Domingos do Prata na investigação de surto de DTHA em escolas. As recomendações para evitar DTHA: comprar alimentos em locais fiscalizados, conservar alimentos perecíveis sob-refrigeração em geladeira, observando o rótulo e prazo de validade, e lavar as mãos antes e depois de manipular os alimentos.

Crédito: Flávio Samuel/GRS Itabira

Deve-se a higienizar os utensílios entre a manipulação de alimentos crus e cozidos. Em bares, lanchonetes e restaurantes, optar pelo consumo de maionese em sachês. Usar água potável e fervida, e não deixar insetos nos alimentos. Adquirir produtos de origem animal somente com registro, e não consumir leite “in natura”. O surto se caracteriza quando duas ou mais pessoas apresentam, em determinado período, sintomas semelhantes após a ingestão de alimento considerado contaminado, normalmente num mesmo local. Nesses casos, nunca descarte os alimentos consumidos, e imediatamente comunique a ocorrência as autoridades.

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