O vinho, bebida que há séculos acompanha a gastronomia ao redor do mundo, assume papel central nas celebrações da Semana Santa, momento marcado por tradições religiosas e gastronômicas. Nessa época, em que nos voltamos para pratos tradicionais como o bacalhau, surge a questão: qual vinho escolher para harmonizar com essa iguaria e outros pratos típicos. Segundo Ricardo Lucio Martin, chef de cozinha e docente do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), a tradição europeia, que por muito tempo ditou padrões gastronômicos, cede espaço a uma nova cultura culinária, marcada por uma diversidade de sabores e preparações.
Nesse contexto, a harmonização entre vinho e comida ganha novas nuance, desafiando antigas regras e abrindo espaço para experimentações. Para pratos leves, como peixes frescos ou vegetarianos, vinhos brancos jovens e frutados, como Chardonnay e Sauvignon Blanc, são escolhas certeiras. Já para peixes mais gordurosos, como salmão e bacalhau, vinhos tintos de taninos suaves, como Pinot Noir ou Gamay, complementam a refeição de forma única. Para os apreciadores de moquecas e caldeiradas, a sugestão é um vinho Rosé ou um Sauvignon Blanc frutado, que harmonizam bem com pratos de sabores intensos, como os típicos da culinária brasileira.
Para os mineiros que optam por peixes de água doce, como dourados e surubins, a dica é experimentar vinhos produzidos localmente. Vinícolas situadas nas regiões montanhosas com sabores e aromas proporcionam experiência única que valoriza a extensão territorial regional. Na Semana Santa, além de celebrar tradições religiosas, é possível explorar sabores e harmonizações, tornando a refeição uma experiência memorável e enriquecedora. Na sexta-feira o Código de Direito Canônico afirma que a data deve ser reservada para a abstinência de carne ou outro alimento, mas o jejum pode ser substituído pela realização de caridade, por exemplo.
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