A educação como instrumento de prevenção ao HIV, defende infectologista da FSFX

Márcio de Castro/ Médico Infectologista. Foto: FSFX

Para promover a conscientização sobre a importância do debate a prevenção e a desinformação que perduram sobre o vírus do HIV, a Fundação São Francisco Xavier (FSFX) alerta para importância do diagnóstico em tempo hábil para garantir um tratamento efetivo e qualidade de vida para o paciente. Ainda que a campanha, há décadas, seja amplamente disseminada de forma global e em caráter de sensibilização, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como a doença também é chamada, ainda requer atenção especial na prevenção, enquanto questão de saúde pública.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), nos últimos dez anos (2013-2022), em Minas Gerais, cerca de 28 mil pessoas foram notificadas como portadora do vírus do HIV. Desse total, 72,7% são homens e 27,3% mulheres, e, 2.804 jovens infectados entre 15 e 24 anos. Entre 2021 e 2022, o percentual de pessoas identificadas com a doença, homens e mulheres, em todo o estado diminuiu cerca de 59%. Para o médico infectologista da FSFX, Márcio de Castro, apesar dos dados do MS apresentarem uma perspectiva de declínio nas notificações, a realidade acende o alerta.

“Embora se observe uma diminuição de casos de HIV nos últimos anos, parte pode estar relacionada à subnotificação. Sem diagnóstico em tempo hábil, os pacientes têm adoecido e morrido mais. Se os adolescentes e jovens não conscientizarem, haverá o aumento da transmissão da doença. Parece que, com a redução importante da mortalidade e melhora da qualidade de vida das pessoas que vivem com o HIV, tem tido uma menor preocupação da população quanto aos cuidados e prevenção da doença”, destaca o infectologista da FSFX.

O especialista destaca ainda que a conscientização quanto a transmissão do HIV está intimamente relacionada com educação sexual. HIV é um termo em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da Aids, que é o estágio mais avançado da doença, o vírus ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. O tratamento soma na melhora da qualidade de vida do paciente e reduz o número de internações e infecções por doenças oportunistas. O teste de HIV deve ser realizado sempre que a pessoa passar por uma situação de risco.

O caminho para a prevenção é fazer o uso do preservativo ou camisinha, que é o método mais conhecido e acessível, capaz de prevenir da infecção pelo HIV, entre outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), além de gravidez. A chamada Prevenção Combinada também é uma estratégia aplicada que inclui uma combinação de ações como, reduzir a exposição ao risco, preservativos, testagem, diagnóstico e tratamento precoce, profilaxia, além de prevenção de transmissão das gestantes para os bebês, redução de danos e vacinação para Hepatite B e HPV.

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