A tireoide é fundamental para o equilíbrio funcional dos órgãos, como cérebro, coração, fígado e rins. É lá que são produzidos os hormônios T3 e T4, que influenciam na velocidade com que os órgãos operam e regulam aspectos vitais ao longo da vida. Qualquer desequilíbrio nessa pequena glândula, localizada no pescoço, pode levar ao hipotireoidismo (baixa produção hormonal) ou hipertireoidismo (alta produção). Essas questões de saúde e seus sintomas são mais conhecidos pelas pessoas. O mesmo não acontece com a Doença Ocular da Tireoide (DOT), uma condição rara e autoimune, em que 90% das pessoas diagnosticadas possuem, concomitantemente, o hipertireoidismo.
A oftalmologista, Ana Rosa Pimentel de Figueiredo, disse que a DOT ainda não tem a causa definida. Se sabe o sistema imunológico produz anticorpos, que atacam os músculos e tecidos presentes na órbita ocular, causando retração das pálpebras, visão dupla, dor, irritação crônica que causa vermelhidão, olhos secos e projeção do globo ocular para fora da região do olho. “Se não tratados adequadamente, a doença afeta sobremaneira a qualidade de vida do paciente”, afirma a especialista. De acordo com pesquisas, 63% dos pacientes sofrem com questões psicossociais devido à doença, 52% perderam a autoconfiança devido a aparência e 42% sofrem com ansiedade e/ou depressão.
Além disso, a DOT pode se desenvolver em pessoas que têm a doença de Graves, uma condição que afeta a glândula tireoide, e uma de suas complicações ocorre na região ocular, dando origem à DOT. “É comum termos pacientes diagnosticados com a doença de Graves antes mesmo de receberem o diagnóstico de DOT. Em casos de diagnóstico de ambas as doenças frequentemente são feitos apenas tratamento direcionado a alguma das doenças, entretanto são patologias diferentes e, por isso, precisam de cuidados individuais”, explica a oftalmologista Ana Rosa Pimentel de Figueiredo, especializada nas alterações das pálpebras, vias lacrimais e órbitas.
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