FSFX destaca Dia Mundial do AVC. Prevenção reduz 90% dos casos

Rafael Augusto Ferreira. Foto: FSFX

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame, é uma condição de saúde grave, que tem evoluído no número de pessoas acometidas pela doença em todo o mundo. Segundo a Organização Não Governamental (ONG) Rede Brasil AVC, é possível prevenir em até 90% dos casos da doença, com os fatores de risco controlados. Celebrado no próximo dia 29 de outubro, o Dia Mundial do  AVC destaca a atenção aos cuidados e prevenção da doença, destaca a Fundação São Francisco Xavier (FSFX). Uma de suas unidades, o Hospital Márcio Cunha (HMC) em Ipatinga é referência nesse tratamento.

Para o médico neurologista da FSFX, Rafael Augusto Ferreira, o AVC é uma doença séria que desperta o alerta sobre a importância do cuidado com a saúde vascular e o acatamento por um estilo de vida saudável. Para o especialista, com a conscientização e a prevenção é possível reduzir significativamente a possibilidade de novos casos de AVC. “Controlar os fatores de risco, como pressão arterial, tabagismo e diabetes é essencial para evitar a doença. Além disso, reconhecer os sintomas do AVC e buscar ajuda em casos de emergência podem fazer a diferença na recuperação”, destaca Rafael.

Os sintomas mais comuns da doença são: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo, confusão mental, alteração da fala ou compreensão; alteração na visão e no equilíbrio e dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente. “Reconhecer o AVC é muito importante porque o tempo perdido é cérebro perdido. Se uma pessoa estiver com qualquer um dos sintomas, deve ligar imediatamente para o SAMU, pelo 192. Se houver rapidez no atendimento, em até 4 horas e 30 minutos do início dos sintomas, é possível diminuir a chance de sequela”, alerta o especialista.

Foto: Arquivo

O HMC é credenciado desde 2020, por portaria federal, para realização de tratamento específico da enfermidade, estruturando uma Unidade em AVC com equipes preparadas para atendimento imediato ao quadro agudo da patologia emergencial, neurologistas e equipe multiprofissional, desde o acolhimento inicial precoce até o perfil do pacientes. De acordo com a Sociedade Brasileira de AVC, o Acidente Vascular Cerebral ocorre quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é interrompido, ocasionando danos cerebrais. A doença pode ser classificada em duas vertentes: isquêmica ou hemorrágica.

O AVC isquêmico é considerado o mais comum pela medicina, sendo o tipo da doença que mais acomete em mortes no Brasil. A doença acontece quando ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral causando falta de circulação e oxigenação no cérebro. Já o AVC hemorrágico é causado pela ruptura de um vaso, gerando extravasamento de sangue para o interior do cérebro. Para os especialistas, a patologia pode afetar pessoas em qualquer idade, inclusive entre crianças e recém-nascidos, sendo mais comum a incidência de casos em pessoas com idade mais avançada.

HMC referência no tratamento de AVC. Foto: FSFX

A patologia é a maior causa de óbitos e incapacidade em pessoas, somando até setembro deste ano, 77 mil mortes pela doença.  Entre as principais complicações que podem aumentar o risco de um AVC estão doenças do coração, como arritmias e insuficiência cardíaca, tabagismo, hipertensão arterial, diabetes, sedentarismo, colesterol e triglicérides altos, consumo de álcool, drogas e o uso de anticoncepcional em mulheres fumantes ou hipertensas. “A FSFX reforça que as orientações repassadas têm caráter de conscientização e não substituem o acompanhamento direto de um profissional de saúde,” diz em nota.

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