Amepi pretende instalar Instituto de Medicina Legal (IML) regional

Reunião dos prefeitos associados. Fonte: Amepi

A Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Piracicaba (Amepi) vai discutir a implantação de um posto do Instituto de Medicina Legal (IML) regional. Após o Governo de Minas rejeitar o projeto apresentado para que a unidade fosse implantada em João Monlevade, os prefeitos membros da Amepi decidiram, em reunião, buscar uma solução conjunta para o problema. Nesta reunião segunda-feira (23), ficou acertado que a Amepi vai buscar uma área e, a partir daí, contribuir com a equipe de engenharia para elaborar um projeto para a construção do IML.

Como a verba inicial de R$ 250 mil foi repassada pelo Estado ao Conselho Comunitário de Segurança Pública de João Monlevade (Consep), a intenção é que o posto seja construído em território monlevadense. Para o presidente da Amepi, prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, o IML é uma pauta coletiva e deve ter a devida atenção. Laércio Ribeiro, médico e prefeito de Monlevade, apoiou a iniciativa e destacou que a região, em geral, não é bem atendida com os serviços de medicina legal, e chamou a atenção para a qualidade da estrutura para um posto decente do serviço.

Conforme definido pelos prefeitos, após definição do espaço, a obra poderá ser construída com emendas parlamentares estaduais, federais e até do Senado. “É um assunto que interessa a todos e a Amepi pode buscar ajuda para implantar a unidade que vai beneficiar a região”, afirmou Marco Antônio Lage. O assunto será debatido em próxima reunião da associação. Desde 2019, vem sendo discutida a implantação de um IML. Monlevade cedeu ao Governo de Minas, área anexa à Secretaria de Saúde. Porém, em setembro de 2023, o Estado apontou o local como inadequado.

Entre os motivos apontados pela Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado de Minas Gerais, em estrutura física ligada a Secretaria de Saúde, estão a inexistência de área suficiente para permitir a abertura das câmaras frias, de um sistema elétrico emergencial para atendê-las e de uma sala de guarda para acomodar ao menos dois corpos. Também foram apontadas as ausências de rampas, de ventilação adequada, de salas para desinfecção de materiais e de áreas de embarque e desembarque independentes para os carros funerários, entre outros motivos.

O espaço substituiria o atual necrotério de João Monlevade, que funciona em condições precárias no então Cemitério do Baú. O IML realiza exames legais em pessoas vivas, além de perícias em corpos, nos casos suspeitos ou comprovados de homicídios, suicídios, acidentes ou outros crimes contra a vida. O atual necrotério é responsável pelos laudos e verificações de dez municípios do Médio Piracicaba: além da cidade sede, Bela Vista de Minas, Rio Piracicaba, Nova Era, Alvinópolis, São Domingos do Prata, São José do Goiabal, Sem Peixe, Dionísio e Dom Silvério.

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