Diagnóstico precoce é fundamental para cura do câncer de mama, alega especialista do HNSD

Danilo Costa. Crédito: Arquivo Pessoal

Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), nos últimos três anos, mais da metade das mulheres que procuraram de maneira tardia o Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar o câncer de mama, tinham a doença em estágio avançado, o que dificulta a resposta ao tratamento. A mesma fonte estima que haja 73 mil novos casos no Brasil, apenas este ano. Sendo a primeira causa de morte por câncer entre mulheres no país, apesar de, em 95% dos casos, ter cura, sendo necessário detectar ainda na fase inicial.

É preciso que as mulheres façam o autoexame e estejam dispostas a mudarem hábitos de vida. A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda o exame de mamografia anualmente depois dos 40 anos. A investigação deve ocorrer desde a primeira queixa. Existem estudos que mostram que a enfermidade está se manifestando com frequência, mesmo nos indivíduos abaixo da idade indicada. Medidas de prevenção e diagnóstico precoce foram destacadas pelo o mastologista do Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD).

De acordo com Dr. Danilo Costa, o câncer de mama é uma alteração no DNA da paciente, em que existe uma formação defeituosa de células e a sua multiplicação desordenada, com alteração da função das células mamárias e de outras células vizinhas. “Os fatores genéticos, pois eles determinam uma alteração genética que a paciente já tem, uma alteração na sequência de aminoácidos no seu DNA, um defeito naquela sequência que a pessoa tem ali guardadinho e tem fatores que predispõe o desenvolvimento,” disse.

Os fatores considerados de risco são: sedentarismo, obesidade, alimentos de origem animal, dieta pobre em nutrientes, stress, doenças psicossomáticas, e fatores genéticos. “O autoexame precisa ser feito entre o 7º e o 14º dia do círculo menstrual, porque a mama está um pouco mais flácida, para que você faça a identificação das alterações e não aleatoriamente no meio do círculo menstrual, com a mama mais inchada. A mulher vai notar se existem nodulações ou espessamentos,” aponta Dr. Danilo.

“A sensação pode ser descrita como se você tivesse uma bola de gude ou uma azeitona que vai para um lado e para o outro. A textura normalmente é fibroelástica, você consegue apertar e ela se deprimir. Essa é esperada em casos benignos. Quando você tem um espessamento, você tem algo endurecido, mal delimitado, que é um pouco mais fixo aos planos inferiores, aí realmente causa uma preocupação. Quando você tem essa lesão bem delimitada, pode ser inclusive cisto mamário,” finaliza o especialista.

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