Assistência individualizada permite maior assertividade no tratamento do câncer

Crédito: Matheus Campos

A assistência individualizada para pacientes com câncer de mama é essencial para oferecer um cuidado abrangente, eficiente e adaptado às necessidades específicas de cada pessoa. Envolve desde a abordagem realizada no rastreamento de pacientes até a realização de exames, diagnóstico, tratamento e acompanhamento. A medicina atual leva em consideração os mais diversos fatores, que incluem o estilo de vida e o acesso aos tratamentos disponíveis.

Com isso, há uma significativa melhora na qualidade de vida dos pacientes, interferindo de forma positiva em sua recuperação. “Existem quatro subtipos de câncer de mama, e cada um é classificado conforme a expressão de proteínas no tecido tumoral, o que é analisado por meio de uma técnica laboratorial chamada de imunoistoquímica. Os tratamentos atuais incorporam a terapia que melhor se direciona às características do tumor”, explica a oncologista, Susana Ramalho.

O tratamento direcionado ao subtipo correto é uma grande evolução e gera menos efeitos colaterais aos pacientes. “Para os subtipos luminais, terapias com inibidores de ciclo celular; para tumores triplo negativo, a indicação é quimioterapia e imunoterapia; também são recomendados medicamentos específicos. Isso tem acrescentado benefícios em tempo e qualidade de vida para as pessoas que vivenciam o tratamento oncológico”, diz a especialista.

A médica explica que, para a definição da terapia adotada, a avaliação imunoistoquímica será essencial, para planejar a melhor estratégia do tratamento e entendendo qual é a proteína que induz ao crescimento tumoral e qual é a terapia direcionada. “Os novos medicamentos vêm com uma nova geração de anticorpos conjugados às drogas. São anticorpos que carregam as drogas pela circulação e só as liberam quando encontram uma célula tumoral”, salienta.

Junto com a evolução de tratamento, uma assistência de excelência, que permita acolhimento, compreensão e superação da doença, inclui acompanhamento multiprofissional, apoio psicológico, informação para que cada paciente tenha clareza de seu tratamento, monitoramento regular, inclusão da família com papel importante em todo o processo, atividades que melhorem a qualidade de vida e, principalmente, planos de esperança e promover a saúde em longo prazo.

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