Nove a cada 10 empresas brasileiras têm funcionários afastados por doenças mentais

 

Burnout. Foto: Pixabay

Uma pesquisa inédita da Conexa, ecossistema digital de saúde, realizada com gestores e profissionais de recursos humanos de 767 empresas brasileiras, constatou que a saúde mental do brasileiro no ambiente do trabalho está muito mal. Das 1.589 pessoas que responderam perguntas elaboradas pela startup, 87% afirmaram ter ocorrido afastamento em sua corporação por causa de doenças que afetaram a mente do colaborador somente neste ano.

A ansiedade (com 51%) é o transtorno, de acordo com os pesquisados. Os demais problemas que afastaram as pessoas: depressão (17%), estresse (16%) e síndrome de burnout (14%). O estudo foi feito entre oito e 10 de agosto com visitantes do Congresso Nacional de Gestão de Pessoas (Conarh) neste ano. Mais de um funcionário da mesma empresa podia responder as mesmas perguntas e, consequentemente, apresentar visão diferente do outro.

Do total, 48% dos gestores e funcionários de recursos humanos acreditam que possam existir pelo menos 10% de colaboradores nas suas empresas com doenças mentais não detectadas. Outros 19% acham que 20% dos funcionários em seus ambientes de trabalho têm diagnósticos ainda não identificados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) em seu relatório anual detectou considerável aumento de diagnósticos de depressão ou ansiedade no Brasil.

“A situação é bem grave em nosso país e as próprias lideranças já se atentam a este problema, conforme pudemos constatar nesta pesquisa. Investir em programas de saúde mental não deve ser visto apenas como um benefício para a empresa; é uma estratégia de negócios para que haja um ambiente colaborativo, saudável, com mais produtividade e retorno financeiro para as corporações”, afirma a médica psiquiatra, Erica Maia e coordenadora da Conexa.

O estudo mostrou que cerca de 80% dos respondentes acreditam que dar acesso a médicos e psicólogos é muito importante para a empresa e também para os colaboradores. Apenas 4% dos participantes não consideram o benefício à saúde como a principal necessidade da empresa. Só 1% considera pouco importante essa questão. Dos pesquisados, 47% consideram ainda a saúde mental como a principal dor/desafio dentro da empresa.

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