Especialista alerta para risco de doenças causadas por vírus respiratório

Crianças com sintomas do vírus respiratórios. Fonte: Faculdade Anhanguera

Nos dias mais secos entram e cena e acendem o alerta dos pais no cuidado com os filhos. Há um aumento na circulação de vírus responsáveis por doenças respiratórias, como a bronquiolite, gripe e pneumonia, tornando bebês e crianças vulneráveis a essas enfermidades. Segundo dados no Ministério da Saúde (MS), coletados e monitorados pela iniciativa Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), mostram que o vírus sincicial respiratório (VSR) esteve presente em 30% dos casos de doenças respiratórias registradas no Brasil nos primeiros três meses de 2023.

Entre janeiro e março, foram mais de 3,3 mil infecções, dessas, 95% atingiram apenas bebês e crianças de zero a quatro anos. Durante esse período, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) tem sido conhecido como predominante. Estudos recentes revelaram uma mudança no padrão de circulação desse vírus, agora também ocorrendo nos meses mais quentes do ano.  O VSR, é pertencente ao gênero Pnemovírus, considerado como sendo um dos principais agentes causadores de infecção aguda das vias aéreas inferiores e, por esse motivo, acomete os brônquios, bronquíolos e pulmões.

Anteriormente, os casos de infecções eram mais frequentes no final de outono, durante o inverno e no início da primavera, correspondendo aos meses entre maio e setembro. Porém com a nova pesquisa, mães e pais devem ficar em alerta o ano todo. Segundo a Especialista do Curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera, Juliana Vieira de Paiva, é nessa época do ano que as pessoas se deparam com baixa umidade do ar e mudanças bruscas de temperatura, sendo esses os principais fatores que induzem ao aumento da incidência das doenças em crianças.

A docente ainda destaca a importância da observação constante dos pais nos sintomas das enfermidades dos filhos, visto que, o VSR assemelha-se a um resfriado comum, mas que pode evoluir para formas graves de bronquiolite e pneumonia. “A infecção pode evoluir para as formas graves causando bronquiolite e pneumonia e, portanto, é importante se atentar à ocorrência de febres altas, tosse excessiva, dificuldade respiratória, lábios e unhas arroxeadas e chiados no peito”, conclui. Orientações de especialistas são sempre úteis para manter a imunização das crianças em alta.

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