Surtos psicóticos podem ser desencadeados pelo estresse

O mundo moderno tem trazido inúmeras possibilidades para toda a sociedade, novas facilidades e novas conquistas. A revolução digital aproximou pessoas abrindo um leque de oportunidades, mas toda essa revolução trouxe também alguns problemas. “As pessoas têm uma infinidade de escolhas, se por um lado é bom, tem um lado que acaba passando despercebido que são os problemas de saúde mental. As pessoas estão exigindo, muitas vezes, um padrão de vida incompatível”, observa a psiquiatra Kelly Pereira Robis.

Muitas vezes confundimos a palavra surto para definir momentos de estresse ou mesmo de euforia. “O transtorno psicótico é um estado mental que desconecta a realidade, fazendo a pessoa mudar de personalidade, alucinar, desordenar os seus pensamentos e muitos outros. Apesar de possuir várias categorias, a forma mais clara e comum desse distúrbio mental vem da esquizofrenia, que afeta 1% da população mundial”, informa a psiquiatra. O transtorno psicótico é também conhecido como psicose.

Esse transtorno incapacita o indivíduo de diferenciar o que é real e o que não é, como se ele entrasse em um mundo paralelo. O grau de distanciamento da realidade varia segundo o grau do transtorno psicótico, sendo leve, moderado ou grave. Durante um surto psicótico ocorre um aumento de atividade no sistema límbico (área do cérebro responsável pelas emoções e pelo prazer), fazendo com que as percepções fiquem alteradas e os pensamentos se desorganizem. Saiba quais são os tipos de psicose.

Esquizoafetivo: combinação entre os sintomas de esquizofrenia com transtornos de humor, como a bipolaridade. Essas condições não ocorrem simultaneamente e seus sinais envolvem mania, euforia, quadros depressivos, irritabilidade e desânimo. Personalidade esquizotípica: caracterizado por um padrão generalizado de desconforto intenso em relacionamentos íntimos e com capacidade reduzida para tal. Apresenta anomalia no pensamento e humor, com comportamentos excêntricos. E, delirante persistente: acompanhado de alucinação.

Entre os seus principais sintomas, estão agitação, agressividade, hiperatividade, automutilação, inquietação e movimentação repetitiva; transtorno de pensamento; desorientação de tempo e espaço; confusão mental; pensamentos acelerados; sentimentos indesejados; tendência suicida; dificuldade de raciocínio lógico e compreensão.  “Além desses sintomas, também é comum os sintomas psicóticos que envolvem a sensação de perseguição, delírios religiosos, medos, paranóia, entre outros,” diz a psiquiatra Kelly Robis.

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