Creche Nossa Lar qualifica 250 profissionais de educação sobre autismo

Maria Helena Moreira da Silva

A Associação de Proteção a Infância Nosso Lar, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME), realizou capacitação para monitoras e auxiliares de Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e creches conveniadas. A qualificação foi realizada através do Projeto TEAmar (TEA referindo-se ao Transtorno do Espectro Autista).  Foram realizadas duas palestras, segunda-feira (25), no auditório do Centro Universitário UniFuncesi, ministradas por Evandro Batista, psicólogo, terapeuta cognitivo-comportamental e neuropsicólo que estuda o comportamento humano e suas interfaces; e Maria Helena Moreira da Silva, advogada por quinze anos da Creche Nossa Lar, e uma das idealizadoras do projeto TEAmar, que tem a finalidade de desenvolver atividades inclusivas com crianças autistas, ou em processo avaliativo para obter diagnóstico preciso e intervenção precoce, em idade de creche.

Evandro Batista

Os temas abordados foram: Autismo “Entendo, identificando e acolhendo” e “ABA entendendo e manejando comportamento”. Após a capacitação, os palestrantes responderam perguntas do público. Mais de 250 profissionais do segmento participaram. “O Fundo da Criança e do Adolescente garantiu recursos para realização deste projeto. Uma capacitação, porque observamos que cada vez mais devemos divulgar, expandir conhecimento sobre o TEA. Quanto mais cedo à intervenção, percebemos o melhor desenvolvimento destas crianças, amenizando as intercorrências de tratamento inadequado, trazendo mais qualidade de vida. Conseguimos verificar na nossa triagem 81 crianças com TEA, foi feito questionários e eliminadas alguns, mas notamos um número elevado. Foi uma amostra do que vimos percebendo, com as pessoas tirando duvidas do cotidiano”, disse Maria Helena.

Cerca de 250 pessoas foram qualifficadas

“Nós falamos o que é, como identificar, os graus e classificações, quadro mais severos, menos graves, triagem e esclarecemos dúvidas. O que pode ser ou não um sinal. Trabalhamos como lidar com os comportamentos de maneiras mais adequadas, se  evitando formas inadequadas. Ainda há muita desinformação sobre o tema. E isso vem reduzindo nos últimos anos. É necessário diagnóstico na faixa de dois anos, o ideal é antes dos quatro ou seis anos. Sem esperar o tempo da criança, ou comparar com o comportamento dos pais. Deve-se observar dificuldade de comunicação e criança rígida demais. Aqueles que se isolam, não percebem sentimentos e não compartilham atenção. Criança com TEA não interagi ou busca contato, repete comportamentos e tem interesses muito fixos. É comum o autista desenvolver muitas potencialidades, nos casos mais leves”, destacou Evandro Batista.

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