Educadores se manifestam sobre proposta de municipalização do ensino médio

Vanderleia Freitas

Nesta semana, quarta-feira (20) o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Estado de Minas Gerais (SindUte), subsede Itabira, realizou  manifestação em defesa da educação, na praça Nelson Lima Guimarães no Pará, reunindo pais, alunos, educadores e a comunidade em geral. Na ocasião, os ativistas em tom crítico, destacaram que Itabira não aderiu ao “Projeto Mãos Dadas”, criado em 2021 pelo Governo de Minas Gerais, com o propósito a buscar uma cooperação entre Estado e municípios na gestão escolar, municipalizando o ensino médio.

Manifestação em frente a Escola Major Lage

Segundo Vanderleia Freitas, coordenadora do SindUte subsede Itabira a Secretaria de Estado de Educação, sem consulta prévia, retirou turmas do Ensino Fundamental de pelo menos duas escolas estaduais: Dona Eleonora Nunes Pereira (Areão) e Major Lage (Pará), entre as instituições itabiranas com maior percentual no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Outras escolas também seriam impactadas, a Antônio Linhares Guerra e EEMZA. Itabira não aderiu à proposta do Governo Estadual, e criticas foram apontadas para a gestão Romeu Zema.

Panfletos foram distribuídos, além de discursos de ordem. “A escola é nossa! Não a redução de turmas. A oferta de novas turmas de primeiro ano do ensino fundamental da Escola Estadual Major Lage não está prevista no plano de atendimento para 2024. E para a Escola Dona Eleonora está prevista a inserção de apenas uma turma,” cita o material entregue pelos manifestantes. Eles ainda apontaram impactos positivos, entre eles: extinção de turmas e de novos cargos de carreiras, fragilidade na educação, e no futuro fechamento de escolas. Ainda destacaram o receio do desemprego e a troca na função do educador.

Tuani Guimarães

“Cada vez mais o Governo está minguando as condições de trabalho, e os estudantes vão encontrar cada vez mais uma sala de aula lotada”, disse Tuani Guimarães, ativista do movimento e professora. “A Escola Major Lage tem história e contribuiu muito para o nosso município. O governador não quer que essa escola receba inscrições para primeiro ano. Por isso estamos aqui pra fazer a denúncia, e chamar toda a comunidade, reunindo todos os trabalhadores da educação, para evitar que se feche essa escola”, conclui a educadora da rede estadual e coordenadora do SindUte Itabira.

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