O apoio familiar na saúde mental é destaque na campanha “Setembro Amarelo”

Foto Divulgação

Neste mês, a campanha “Setembro Amarelo” visa mobilizar a sociedade em prol da empatia e da solidariedade com pessoas com depressão. Muito além do acompanhamento psicológico, o apoio familiar é imprescindível, sendo um pilar na luta contra a doença. Pesquisas revelam que a afetividade e os cuidados, norteados pela atenção dos familiares respondem como um desenvolvimento de funções de linguagem, intelecto e regulação emocional, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A neuropsicóloga Rosângela Batista aponta que compreender o estresse causado por agentes contemporâneos como as redes sociais, dificultam o diálogo e a relação de cuidado entre pais e filhos “Na contemporaneidade, a difícil tarefa de cuidar dos filhos se torna cada vez mais complexa. Os pais não estão seguros de seus sentimentos e de como agir… nunca sabem se estão agindo corretamente e a influência das mídias sociais, a globalização e os desencontros de informações tem contribuído muito para esta nova era na saúde mental,” diz.
“Quando se tem um membro da família com doença mental, ocorre uma mudança de visão para aquele indivíduo, onde aceitar sem vergonha, não omitir e não se isolar acaba sendo mais difícil. Pois, tudo o que se espera é uma família dentro dos padrões de normalidade, então se enfrenta o rompimento e a desordem em sua estrutura, enfraquecendo o convívio, o adoecido espera ser aceito e a família muitas vezes não está preparada para tal, o que dificulta o tratamento e a recuperação”, orienta a especialista.

“A família desempenha um papel fundamental durante a recuperação e tratamento, pois é a primeira referência de um espaço social de um indivíduo. Falar abertamente sobre esse assunto ajuda a combater o estigma que envolve as doenças mentais e encoraja as pessoas a buscarem ajuda sem sentir medo ou vergonha pela discriminação, beneficiando não apenas aqueles que enfrentam o desafio, mas também a sociedade como um todo, ao promover a compreensão e apoio mútuo,” aponta  a neuropsicóloga Rosângela Batista.

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