Atriz Elisa Lucinda participa de roda de conversa sobre as mulheres negras na cultura

Foto: Guto Muniz

Na sexta-feira (8), a atriz Elisa Lucinda apresentou o monólogo “Parem de falar mal da rotina”, que integra a programação do !PULSA! Movimento Arte Insurgente que chegou à cidade, com uma grade de eventos. Durante a participação na roda de conversa “Mulheres negras na arte”, a multiartista revelou sua proximidade com a obra de Drummond, poeta modernista nascido em Itabira. “Foi Drummond quem me ensinou, muito novinha, que era possível fazer certa crônica do acontecer. E eu tinha muita empatia com o coração dele”, revelou.

Casa do Brás. Foto: Guto Muniz

A atriz contou ao público que seu primeiro contato com a obra do escritor itabirano foi na sua infância. “Fui estudar declamação quando eu era uma menina de 11 anos. Minha professora me ensinou um poema de José Régio, chamado “Cântico Negro”. E minha mãe achou que não era o tipo de poema para a minha idade. Então, eu decorei “Cidadezinha qualquer”, do Drummond. Ao longo dos anos, entendi que seus escritos me levam para o lugar de compreender a solidão dele nesta cidade de ferro, como ele mesmo dizia”, detalhou.

Foto: Guto Muniz

Lucinda, durante a conversa, declamou algumas das poesias drummondianas e declarou seu amor ao autor itabirano. “Carlos Drummond de Andrade foi fazendo parte da minha vida, e eu nutria o sonho de que um dia eu o conheceria. Quando ele morreu, eu me emocionei muito e decorei o “Poema das Sete Faces”. Depois, escrevi uma poesia chamada “Agora dorme Carlos”. Se eu fosse itabirana, eu ficaria com a herança da libertação dele desse lugar duro, que ele dizia ser Itabira,” comentou a atriz durante a roda de conversa na Casa do Brás.

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