Apenas metade da população lê com frequência no país

Foto: Divulgação

O mercado editorial brasileiro imprimiu 324 milhões de livros no ano passado e editou 46 mil títulos. Do total editado, 24% são títulos novos, o que representa 16% das unidades impressas. O restante refere-se a reimpressão de títulos já lançados. Os dados são do relatório Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro – Ano Base 2022, da Nielsen e Book Data. Por outro lado, a mais recente pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, em sua quinta edição, revela que apenas metade do público brasileiro se considerados leitores, 52%, enquanto 48% declararam que não leram nenhum livro em três meses.

De acordo com a pesquisa, em quatro anos o Brasil perdeu ao menos 4,6 milhões de leitores. O levantamento aponta alguns motivos que justificam essa redução, como uso da internet e redes sociais, falta de recursos financeiros e até dificuldade de leitura. Entre os entrevistados na pesquisa, 4% disseram que não sabem ler, 19% comentaram que leem devagar, 13% alegaram falta de concentração e 9% explicaram que não entendem a maior parte do que leem. Apesar das dificuldades, o estudo confirma que o incentivo é fundamental para criar novos leitores, 34% dos entrevistados contaram que foram estimulados a ler.

Para incentivar o interesse pela leitura e pela escrita, o Petit Kids Cultural Center criou um projeto inédito e inovador, em parceria com a Estante Mágica, que envolve crianças de 3 a 6 anos no saudável universo literário, transformando-as em autores. Os pequenos vão produzir seus próprios livros, que serão publicados e lançados no fim do ano, com mesa de autógrafos, participação das famílias e educadores. A pedagoga e especialista em educação infantil, Fernanda King, diretora da escola, explicou que a atividade será realizada ao longo deste semestre.

Fernanda comenta que os livros terão como tema os animais, abordando desde a variedade da fauna até a importância de respeitar os bichos. As crianças vão escrever e ilustrar os próprios livros durante as aulas, e os desenhos serão transformados em um game personalizado. Fernanda aponta que a iniciativa busca engajar os alunos com aprendizado, além do tradicional, desenvolvendo competências socioemocionais como criatividade, autonomia e protagonismo infantil. De acordo com ela, o projeto contribui no processo de alfabetização, para que os pequenos tenham uma melhor compreensão das palavras.

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