“Doença do beijo salgado” ou “mucoviscidose” são apenas alguns nomes para a fibrose cística, enfermidade genética que, segundo estima a Sociedade de Pediatria, tem cerca cinco mil casos registrados no Brasil. Embora seja uma doença rara, é considerada uma das mais comuns no país, o que reflete a importância do Setembro Roxo e do Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística, celebrado na terça-feira (5) para promover informações sobre o tema. Estima-se que 70 mil pessoas no mundo vivem com a condição.
A fibrose cística (FC) é historicamente conhecida como a “doença do beijo salgado”, o que se deve à maior perda de sal no suor, percebida ao se beijar a criança e/ou ao se visualizar cristais de sal, principalmente na testa. A fibrose cística é uma doença genética que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema digestivo. E ocorre quando um gene defeituoso faz com que o corpo gere 30 a 60 vezes mais muco que o normal, aumentando o risco de acúmulos de bactérias nas vias respiratórias, inchaço e infecções.
A principal forma de identificar a existência da condição é o conhecido ‘Teste do Pezinho’, realizado a partir das 48h de vida do recém-nascido até 30 dias após o nascimento. “A análise é realizada através da coleta de sangue em papel filtro coletado do calcanhar da criança. Daí veio o nome de teste do pezinho. O exame pode detectar de 12 a mais de 100 doenças, dependendo da versão escolhida e por solicitação do médico”, explica a bioquímica Luciana Figueira.
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