Documento aponta situação do esgoto em Itabira: 77,5% coletado e 61,31% tratado

Foto: Divulgação/Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce 

Após longo processo de levantamentos, modelagens de dados e consultas públicas, o Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (PIRH-Doce) foi aprovado na sexta-feira (18), e traz dados preocupantes: os atuais índices de coleta e tratamento de esgoto mostram que, anualmente, são coletados cerca de 295 milhões de m³ de efluentes na região e, desse montante, 270 milhões de m³/ano são lançados in natura nos cursos d’água da Bacia do Rio Doce. O PIRH-Doce é um documento dos Comitês da Bacia Hidrográfica do Rio Doce que descreve a realidade ambiental do território hídrico e definem quais deverão ser as estratégias para solucionar os problemas identificados.

A realidade em Itabira: 77,5% do esgoto coletado e 61,31% tratado. As demais cidades: Ponte Nova 62,88% coletado e nada tratado; Viçosa com 70,46% coletado e 0,71% tratado; João Monlevade com 90% coletado e nada tratado; Timóteo com 79% de esgoto coletado e, destes, 90% tratado; Coronel Fabriciano tem 75,64% coletado, e 55,91% tratado; Ipatinga com 86% de esgoto coletado e, destes100% tratados; Governador Valadares em 85% Coletado e nada tratado; Caratinga com 66,55% coletado e 76,64% tratado; Manhuaçu com 88,42 coletados e apenas 0,11 % tratado; Colatina (ES) com 78,54% coletado e 7,74 % tratado; Linhares (ES) com 81% do esgoto coletado, e o total é tratado.

O estudo é enfático e mostra a ausência de saneamento básico com um problema crônico. Atualmente, foi diagnosticado que nem todo o esgoto coletado é conduzido a uma estação de tratamento, a parcela atendida com coleta e tratamento dos esgotos se restringe a 23,5% da população da bacia, sendo que mais de 2,8 milhões de pessoas não dispõem de cobertura por tratamento coletivo. O estudo ainda aponta que apenas 44 dos 211 municípios com sede na bacia têm, ao menos, 30% dos efluentes tratados em relação ao esgoto coletado. Essa questão já́ havia sido diagnosticada e apontada como prioritária para a busca de soluções no PIRH de 2010.

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