Areia da Vale em embarque na mina de Brucutu. Crédito: Vale/Divulgação
À primeira vista parece uma areia comum, como a que é retirada de rios e mares. Mas a areia utilizada no Espaço Sandbox Vale, que receberá palestras e shows no Hacktown 2023, de 17 a 20 de agosto, é mais do que isso: é um exemplo da inovação aplicada à sustentabilidade. Desenvolvida pela Vale, a Areia Sustentável provém do processamento de minério de ferro. Sua produção reduz a geração de rejeitos e, consequentemente, o uso de pilhas e barragens, além de ser um estímulo à economia circular.
O Espaço Sandbox Vale será instalado ao lado do estádio Coronel Erasmo Cabral, em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. Será uma espécie de “caixa de areia” onde os participantes poderão colocar suas cadeiras e assistir aos eventos. Entre as 13 palestras previstas para o Espaço Sandbox Vale, seis serão de representantes da empresa, com debates também sobre descarbonização, bioeconomia e o fomento a ecossistemas de inovação. A analista operacional Rafaella Sana (Brucutu), contou sobre Areia Sustentável.
“A Areia Sustentável foi resultado de pelo menos oito anos de pesquisa e desenvolvimento, que envolveram mais de R$ 50 milhões e parceria com cerca de 40 organizações, entre universidades, centros de pesquisa e empresas nacionais e estrangeiras”, conta Sana. “A produção da areia é um impulso à economia circular na mineração, dando uma nova destinação ao que seria descartado como resíduo,” disse a colaboradora da Vale, em em São Gonçalo do Rio Abaixo.
O processamento úmido do minério de ferro, utilizado atualmente em menos de 30% da produção da Vale, gera rejeitos, que podem ser dispostos em barragens ou em pilhas. Esses rejeitos são compostos basicamente de sílica, o principal componente da areia, e de óxidos de ferro. É um material não tóxico. Em 2021, a Vale iniciou a comercialização da Areia Sustentável, produto destinado para a construção civil. Desde então, já foram destinadas cerca de 900 mil toneladas de areia.
Deixe um comentário