Foram realizadas mais de 315 mil cirurgias bariátricas nos últimos cinco anos no Brasil

Cirurgia Bariátrica. Foto: Divulgação

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), entre 2017 e 2022, o Brasil realizou 315.720 mil cirurgias bariátricas, sendo 252.929 através dos planos de saúde; 16.000 de forma particular; e 46.791 pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com base nos dados da Agência Nacional de Saúde. O Atlas Mundial da Obesidade 2023 mostra que mais de 50% da população mundial estará com sobrepeso ou obesidade em 2035. No Brasil, a estimativa é de que 41% dos adultos estejam nesse grupo. O levantamento alerta para a preocupação com a saúde, impacto de US$ 4,32 trilhões ao ano na economia mundial.

O procedimento realizado em pessoas que apresentam grau mais elevado de obesidade mórbida e que não encontraram solução na perda e manutenção do peso por meio de outros métodos não cirúrgicos, visa exclusivamente cuidar da saúde do paciente, seja para reduzir riscos ligados as comorbidades como: diabetes, hipertensão, doenças cardíacas, doenças metabólicas, apneia do sono, esteatose hepática, doenças degenerativas, dentre outras, ou para oferecer maior qualidade de vida na realização de atividades diária, muitas vezes perdida pelo indivíduo que sofre com o excesso de gordura corporal.

Existem diversos tipos de cirurgia bariátrica, sendo a gastrectomia com derivação intestinal (bypass gástrico) e a gastrectomia vertical (SLEEVE gástrico) as mais utilizadas no mundo. A cirurgia pode ser realizada de forma aberta, uma realidade ainda enfrentada pela maioria dos hospitais do SUS, onde é realizado um corte no abdômen superior do paciente, que mede cerca de 10 cm. Já a cirurgia minimamente invasiva, que pode ser realizada por videolaparoscopia ou robô, as incisões são de 0,5 a 1,5cm em média, sendo o padrão ouro devido a redução dos riscos e a rápida recuperação do paciente no pós-operatório.

“Como em qualquer tratamento para combater a obesidade, o paciente submetido a cirurgia bariátrica também deve passar por uma mudança brusca nos hábitos alimentares, realizar exercícios físicos rotineiros e acompanhamento médico, nutricional e psicológico frequentemente. Sua escolha deve ser discutido e avaliado por uma equipe multidisciplinar”, explica o cirurgião bariátrico e professor de Medicina da Faculdade Pitágoras, Dr. Marcelo Martins. Deve-se considerar o Índice de Massa Corporal (IMC) de 40kg/m² sem sucesso no tratamento clínico e pacientes com IMC maior que 35kg/m² associado a comorbidades.

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