Não apenas as doenças cardíacas agravam com o colesterol alto

Créditos: Freepik

O colesterol alto, também conhecido como hipercolesterolemia, é amplamente associado a doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames. No entanto, seus efeitos nocivos vão muito além, afetando diversos órgãos no corpo. É importante destacar que o colesterol alto geralmente é silencioso, sem sintomas evidentes, o que torna necessária uma atenção especial. Esta é uma das razões pelas quais é celebrado, em oito de agosto, o Dia Mundial de Combate ao Colesterol, criado pela Federação Internacional do Colesterol.

“O colesterol LDL, conhecido popularmente como ‘colesterol ruim’, quando em excesso, forma placas de gordura no interior das artérias, o que pode causar diferentes doenças, a depender de onde a passagem do sangue ficou obstruída”, explica o médico de família, Leonardo Abreu. Uma das consequências negativas do colesterol alto no corpo é a obstrução sanguínea nos membros inferiores. Isso pode levar a sintomas como dor, palidez e dificuldade para correr ou caminhar longas distâncias, dependendo do grau de obstrução.

No Brasil, quatro a cada dez brasileiros possuem taxas de lipídio elevadas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Outro risco associado é o desenvolvimento da esteatose hepática (fígado gorduroso). Caso não seja tratada, essa condição pode progredir para a cirrose hepática e até mesmo o câncer no fígado. “O aumento do colesterol no sangue está relacionado a um maior risco de adquirir essa doença,” reforçou o médico da família. A circulação sanguínea no cérebro também pode ser afetada pelo colesterol alto.

Outro órgão que pode ser afetado pela condição é o pâncreas, já que o colesterol alto pode levar à formação de cálculos biliares, causando inflamação (pancreatite). Quanto às doenças cardiovasculares, estima-se que quase 400 mil cidadãos brasileiros morram por essas condições até o final de 2023, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Dentre os problemas mais comuns relacionados está a aterosclerose e suas consequências, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *