Mesmo proibido, consumo de cigarro eletrônico vem crescendo. Fiemg defende regularização

Foto: Agência Brasil

Apesar da proibição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), desde 2009, o consumo de cigarros eletrônicos aumentou exponencialmente nos últimos quatro anos no Brasil, quadruplicando sua popularidade e atingindo aproximadamente 2,2 milhões de consumidores em 2022, de acordo com dados do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica). Em Minas Gerais, a incidência subiu de 0,3% para 0,9% entre 2018 e 2022. No entanto, é importante ressaltar que esses consumidores estão expostos a dispositivos ilegais.

A regulamentação desse mercado abriria caminho para a implementação de normas sanitárias e para o monitoramento do produto, trazendo um impacto significativo para a economia. É o que mostra um estudo inédito realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O material é embasado em demanda potencial estimado em 3,3 milhões de consumidores ao ano, calculada com base nas últimas pesquisas do Ipec. Isso representaria um mercado de R$ 7,5 bilhões ao ano.

Segundo o cálculo da entidade, considerando apenas a importação do produto pelos consumidores, a arrecadação média anual de impostos federais seria de R$ 2,2 bilhões. Caso o mercado potencial seja suprido pelo setor de fumo, seja por meio da produção interna, seja pela importação e distribuição do produto, isso resultaria em um significativo aumento de faturamento no país, que ultrapassaria os R$ 16 bilhões, um montante que, sem regulação, continuará sendo destinado ao contrabando, que hoje domina 100% do mercado no país.

Em termos sociais, a estimativa é de que a implementação dessa medida possa resultar na criação de quase 115 mil empregos, o que equivale ao dobro dos postos de trabalho formais já criados em 2022 no setor agropecuário. Além disso, poderia gerar mais de R$ 2 bilhões em massa salarial, o que representa 2,7 vezes o orçamento destinado ao pagamento do piso salarial dos agentes comunitários de saúde. Essa iniciativa também teria um impacto significativo na arrecadação, com a previsão de R$ 673 milhões em impostos líquidos

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