A Associação de Artesãos Itabiranos Fazendo Arte (Aifa) fez uso da tribuna na Câmara de Itabira, na reunião ordinária dos vereadores dia 11 de julho. No seu discurso, a porta-voz, presidente Sheila Kimura, buscou demonstrar no plenário, que a entidade é apartidária, e acredita no projeto de lei, aprovado por unanimidade em primeira discussão e votação, propondo criar dispositivos para incentivar e fomentar na cidade, as atividades ligadas ao artesanato, uma das ferramentas da economia criativa, e diretamente ligada ao turismo e a cultura. O texto se encaixa na proposta de desenvolver atividades que propõem a diversificação econômica, uma das alternativas a dependência do setor extrativo-mineral. Vários artistas e artesãos comparecerem na Casa Legislativa com cartazes e mensagens de apoio a nova legislação proposta.
“Acreditem nessa força chamada artesanato. Essa proposta representa para nós, uma grande vitória, dentre outras que virão. Essa categoria é de suma importância para a comunidade onde atuamos. Nossos artesãos e artesãs atuam a mais de quarenta anos nesse segmento, a base de muito esforço. Buscamos melhorias e qualidade de vida, ao mesmo tempo em que, agradecemos todo o apoio que tivemos até aqui. Somos duas grandes equipes somando um total de cem famílias, na sua grande maioria, mulheres donas de casa, mães solo, e algumas que estão deixando o mercado de trabalho. Estamos conseguindo nos organizar. Continuamos na caminhada de buscar tratativas para sermos ouvidas,” disse Sheila Kimura, ponderado que o grupo não tem sigla partidária.
A líder do grupo ainda destacou que é necessário oferecer ferramentas para levar a produção para os turistas, promovendo a divulgação da arte manual produzida, em espaços públicos. Políticas assim já ocorrem, mas precisam de ampliação. No Festival de Inverno e na Festa da Padroeira em Senhora do Carmo, stands da Aifa, estarão comercializando os produtos. Mas ainda falta franquear em outros espaços. “Estamos com dificuldades para participar da Feira dos Produtores Rurais de Itabira, aos sábados no bairro Esplanada da Estação. Havíamos solicitado duas vagas neste evento, com alvará individual, de encontro às isenções que competem associações. Fizemos esforços, mas foi negada,” lamentou Sheila Kimura, se pronunciando também como porta-voz da Associação Itabirana de Artistas e Artesãos (AIAA).
“Tivemos a experiência em dar oficinas em contrapartida da Lei Aldir Blanc em escolas municipais, e ouvimos das diretoras a necessidade do segmento ser incluído na educação. Temos muito a contribuir, na cultura, no social, e até na saúde, além do desenvolvimento econômico. Essa expansão de conhecimentos visa, sobretudo, o bem estar do ser humano, afinal, quantas pessoas já foram beneficiadas pelo artesanato? A arte ajuda a tratar a ansiedade, combater a depressão e suprir recursos de pessoas que sobrevivem da simples aposentadoria, além de ocupar tempo ocioso, para transformar as salas de oficinas em uma ala familiar. Temos exemplos que mostram como nos tornamos uma espécie de válvula de escape, e elo de transformação da comunidade,” concluiu a presidente da Aifa.
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