Mais de 27.640 denúncias de atos violentos contra público LGBTQIA+ em Minas Gerais

Foto: Divulgação/Anhanguera

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ comemorado no dia 28 de junho, alertou da importância no combate à violência contra lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e os demais representantes da sigla, lembrando o quanto é importante observar e lutar pelos direitos da comunidade. Porém, o problema ainda está longe de ser resolvido. Em Minas Gerais, segundo levantamento divulgado pelo Painel de Dados da Ouvidoria Nacional do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, houve mais de 174 mil casos de violência contra pessoas LGBTQIA+ e cerca de 27.640 denúncias, entre o período de janeiro a junho de 2023.

Grande parte das situações engloba agressões físicas e psicológicas, sendo cometidas, em sua maioria, por homens que são os que mais violam os direitos humanos desse grupo da sociedade. Segundo o Coordenador do Curso de Direito da Faculdade Anhanguera, Diego Castro, a população LGBTQIA+ sofre diariamente com a discriminação, que muitas vezes é uma forma velada de agressão. “Por serem amplamente marginalizadas, as pessoas trans muitas vezes ainda recorrem à prostituição como forma de sobrevivência. Nessa realidade, tornam-se mais vulneráveis também à violência sexual”, comenta o docente universitário, ao chamar a atenção da comunidade.

Um levantamento realizado pela associação europeia TransRespect, feito em 72 países, no ano passado, a perspectiva de vida de pessoas trans é de, aproximadamente, 35 anos. Além disso, segundo a Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), 46 pessoas trans e travestis já morreram entre 1 de janeiro e 30 de abril, reforçando o quanto a letra T da sigla é considerada uma das mais vulneráveis à violência na comunidade. “A população LGBTQIA+ enfrenta diversas agressões nas situações mais corriqueiras do dia a dia, sendo a violência física, em especial, o homicídio o ato mais comum, principalmente com as pessoas trans”, explica o Coordenador do Curso.

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