Ultrapassagens indevidas, velocidade incompatível e ingestão de álcool são responsáveis por 77% dos acidentes registrados em 2023 nas rodovias brasileiras. As chamadas “escolhas erradas por parte dos motoristas”, apontadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), são temas recorrentes durante as aulas práticas e teóricas dos Centros de Formação de Condutores (CFCs). A conscientização do motorista sobre a direção responsável é imprescindível para que, em 2023, os números de acidentes sejam menores.
O presidente do Sindicato das Autoescolas, Claudionor Fernandes, destaca o quanto a formação do condutor é fundamental para se evitar acidentes. “Quando o cidadão pega o veículo, ele precisa ser um motorista defensivo, respeitar as leis de trânsito, por isso é necessária uma formação. Se você não tiver os conhecimentos necessários quando você pega um carro você pega uma arma. Ninguém pega uma arma sem saber atirar. O veículo precisa ser enxergado da mesma forma”, disse o sindicalista.
As aulas teóricas dos Centros de Formação abordam os seguintes temas: direção defensiva, legislação, primeiros-socorros, mecânica e meio-ambiente. Cada autoescola tem o seu esquema de funcionamento das aulas, mas todas oferecem o mesmo conteúdo – que vai ser cobrado na prova teórica. Dedicar algumas horas do dia para de fato se concentrar no conteúdo que está sendo ministrado, pode evitar acidentes de trânsito e vítimas causadas por eles. Segundo a PRF, em 2022 o Brasil registrou 64.447 acidentes nas rodovias.
Claudionor também destaca a importância da formação do condutor e a necessidade do aumento da fiscalização pelos Detrans nas autoescolas. “A CNH não é um documento obrigatório como a carteira de identidade. Ela é uma licença para se dirigir. E pode ser cassada, quando não utilizada da maneira correta, seguindo as leis de trânsito. É necessário que a educação comece desde as escolas e que haja uma efetiva fiscalização para que possamos cada vez mais diminuir esses números de acidentes no trânsito”, destaca.
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