Especialista alerta para o diagnóstico precoce das hepatites 

Imagem: Freepik

No grupo das doenças silenciosas, as hepatites preocupam não só por serem assintomáticas em vários casos, o que retarda o diagnóstico e o início do tratamento, mas também pela variedade de agentes causadores e formas de contágio. O infectologista Marcelo Cordeiro, alerta para a evolução da doença. “Muitos não sabem que estão acometidos pela enfermidade, descobrindo apenas quando se torna grave ou crônico. Nos casos mais avançados, pode se manifestar com febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, assim como urina mais escura e fezes claras”, pontua.

Entre as formas agudas e autolimitadas das hepatites virais estão os tipos A e E, que são transmitidos por via oral-fecal. Em atenção ao mês “Maio Vermelho”, campanha de conscientização sobre as hepatites, o especialista reforça a importância da detecção precoce. “Independentemente da origem, identificar o agente causador é importante, principalmente para definir o tratamento a ser adotado, uma vez que, se não tratadas adequadamente, as inflamações no fígado podem levar a diversas complicações e até progredir para quadros mais graves”, explica o médico Marcelo Cordeiro.

Outras hapatites, como B, C e D também podem causar quadros agudos, porém em alguns casos evoluem para formas crônicas, com o aumento da gravidade, podendo levar anos para se manifestar. Nesses casos, o contágio pode ocorrer de diferentes maneiras, como o sexo desprotegido; o compartilhamento de objetos perfurocortantes (agulhas, lâminas de barbear, seringas, alicates de unha), durante a gravidez, e em procedimentos invasivos, como colocação de piercings, tatuagens, brincos, transfusão de sangue, além de cirurgias e tratamentos odontológicos sem biossegurança.

 

Descobrir a doença de maneira precoce é fundamental para garantir um bom tratamento. O diagnóstico das hepatites virais é geralmente realizado por meio de uma combinação de histórico clínico, exames laboratoriais, exames de imagem, devendo ser conduzido por um profissional habilitado. “A partir do histórico do paciente e a presença ou não de sintomas, poderá ser solicitado apenas um teste rápido para hepatite ou exames mais detalhados, como testes laboratoriais para avaliar o grau de comprometimento do fígado e detecção de marcadores específicos das hepatites virais”, detalha Marcelo Cordeiro.

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