Diagnóstico precoce do Lúpus melhora a qualidade de vida dos pacientes

Paciente com lupús sentem dores nas articulações. Foto: Minha Vida

O lúpus é uma doença inflamatória com causas ainda desconhecidas que faz com que o próprio organismo ataque órgãos e tecidos do corpo. O nome significa ‘lobo’, em latim, porque o médico francês Pierre Lazenave, que estudava a doença no século XIX, observou que um dos sintomas, as feridas na pele, eram similares a mordidas do animal. Celebrado em 10 de maio, o Dia Mundial do Lúpus é marcado por ações de conscientização a respeito da doença. A data é patrocinada pela Federação Mundial de Lúpus, um grupo de organizações de pacientes em todo o mundo.

No Brasil, a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) estima a existência de 65 mil pessoas com a doença, sendo a maioria mulheres. Ainda há muito a ser descoberto sobre o lúpus, mas um dos maiores avanços das últimas décadas é a possibilidade de realizar um diagnóstico assertivo para a doença, permitindo tratamentos que podem amenizar os sintomas no paciente. Dentre eles, estão lesões na pele, dor e inchaço, principalmente nas articulações, inflamação e inchaço de órgãos, além de alterações no sangue, como anemia e inflamação de pequenos vasos sanguíneos.

Embora não haja um teste específico para a enfermidade, os chamados marcadores, somados à análise clínica, podem avaliar a existência da doença. Pacientes com suspeita podem realizar exames que avaliam a existência de autoanticorpos, que são anticorpos que agem contra o próprio organismo, característica do lúpus. “Um dos principais exames é o chamado antinúcleo, que avalia a presença dos autoanticorpos a partir de uma amostra de sangue do paciente com suspeita de lúpus. Não tem pré-requisitos e o resultado fica pronto em cinco dias úteis”, explica a biomédica Juliana de Carvalho Bezerra.

 

 

 

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