Aumento de casos de câncer de intestino associado à má alimentação, diz oncologista da FSFX

Oncologista Alberonne Aparecido Ramos Alecrim. Foto: FSFX

Os casos de câncer de intestino, também conhecido como colorretal, têm crescido exponencialmente nos últimos anos. De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o país deve registrar 44 mil novos casos da doença ao ano no triênio 2023/2025. A doença é a quarta de maior incidência no mundo, ficando atrás apenas do câncer de pele, mama e próstata. Considerado uma enfermidade de pessoas idosas, o câncer de intestino, tem surpreendido a sociedade médico-científica por estar cada vez mais presente em indivíduos abaixo dos 50 anos, associado ao estilo de vida.

“Há alguns anos os casos de câncer colorretal têm crescido muito devido aos hábitos comportamentais da população, que respondem por cerca de 90% das ocorrências. É sabido que sedentarismo, tabagismo, obesidade e dietas pobres e hipercalóricas estão entre os principais fatores de risco para o tumor. A rotina diária estressante tem levado muitos, a não terem bons hábitos de vida. Por isso, temos visto cada vez mais pessoas com menos de 50 anos com diagnóstico de tumor de intestino”, ressalta Dr. Alberonne Aparecido Ramos Alecrim, oncologista da Fundação São Francisco Xavier (FSFX).

Paciente Vânia Aparecida. Foto: FSFX

Assim como os demais cânceres, ele pode ser prevenido com dieta balanceada e atividade física regular. O especialista explica que os sintomas de câncer de intestino são pouco específicos e podem estar relacionados a outras doenças. Entre eles, os mais comuns são: mudanças no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre), sangue nas fezes, dor ou desconforto abdominal como gases ou cólicas, perda de peso sem razão aparente e cansaço. O câncer de intestino tem tratamento, quando diagnosticado precocemente, e tem cura com intervenção cirúrgica e quimioterapia, quando indicada.

A protética Vânia Aparecida, de 52 anos, descobriu um tumor de intestino com 47 anos. Sem praticar exercícios físicos, Vânia também não tinha uma boa alimentação. Depois de  cirurgia, ela fez quimioterapia em Ipatinga. “Nunca pensei que isso pudesse acontecer comigo. Ninguém da minha família tinha essa doença. Mas tudo deu certo. Hoje faço acompanhamento semestral e mudei a rotina. Hoje como melhor, faço caminhadas três vezes na semana e também aulas de dança do ventre. Estava acima do meu peso, já emagreci 5kg e estou seguindo uma dieta para poder emagrecer ainda mais”, ressalta.

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