Inadimplência empresarial volta a cresce em março

O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian revelou que, em março, 6.486.129 firmas estavam sem quitar dívidas. Esse foi o maior número registrado em toda a série histórica do índice, iniciada em 2016. Na comparação com fevereiro deste ano, houve um aumento de 0,3%. Ou seja, é possível observar 23.887 inclusões no cenário de negativação. Ainda sobre março deste ano, cada Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) inadimplente registrou, em média, sete dívidas. Quando somadas, as mais de 6 milhões de dívidas registradas em março de 2023.

Para o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, o nível de inadimplência das empresas tende a continuar alto já que outros fatores econômicos não foram solucionados. “A inadimplência é um acontecimento em cadeia. Enquanto grande parte dos consumidores não conseguirem se regularizar, será muito difícil que o quadro melhore para os empreendedores. Com juros ainda fortes, inflação alta e muitas pessoas negativadas, o poder de compra não tem incentivo e, sendo assim, o fluxo de caixa dos empreendimentos continua em desaceleração, dificultando a quitação de dívidas,” afirma.

O setor de “Serviços” representa a maior parte das empresas com o nome no vermelho (53,9%). Em sequência está o “Comércio” (37,2%), seguido pelas “Indústrias” (7,7%), “Primário” (0,8%) e a categoria “Outros” (0,4%), que engloba o segmento Financeiro e o Terceiro Setor. A análise por região revelou que 52,9% dos negócios inadimplentes estão localizados no Sudeste do Brasil, onde também se concentram a maiores empresas nacionais. O Nordeste veio em segundo lugar (16,8%), em sequência estava o Sul (16,3%), seguido pelo Centro-Oeste (8,7%) e Norte (5,3%).

 

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