Minas Gerais é o segundo Estado com menor taxa de mortes por choque elétrico

Sobrecarga de energia. Foto: Arquivo Cemig

A Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) divulgou seu Anuário Estatístico de Acidente de Origem Elétrica 2023, que revelou que Minas Gerais possui a segunda menor taxa de mortes por choque elétrico no Brasil. De acordo com o estudo, o Estado tem 1,3 morte a cada um milhão de habitantes e fica atrás apenas do Rio de Janeiro (0,85).

O percentual em Minas Gerais é 53% menor do que a média nacional, que é de 2,76 mortes a cada milhão de habitantes. O estado com o maior número é o do Acre, que registra 9,79 óbitos a cada milhão de pessoas. A Cemig mantém campanhas rotineiras de conscientização da população em relação à segurança com energia elétrica.

Nestas campanhas, há também visitas em canteiros de obras, escolas e outros ambientes de risco, quando são levadas informações importantes relacionadas ao tema. O Anuário Estatístico da Abracopel também mostra que o número de fatalidades por choque elétrico caiu 12,2%, passando de 674 mortes para 592 em todo o país.

Esse é o menor número desde 2018. Em Minas Gerais, no ano passado, a entidade registrou 28 mortes, ante 41 pessoas que perderam a vida em 2021 – uma queda de 31,71%. Apesar de os números mostrarem uma redução nos acidentes, cuidados muito simples poderiam evitar que mais pessoas morressem por choque elétrico.

O gerente de Segurança do Trabalho da Cemig, Lauro Ribeiro, explica que a instalação de um dispositivo, conhecido como DR, na rede elétrica das residências pode reduzir muito as chances de choque elétrico. Esse dispositivo, que ganhou variações nos últimos anos e teve o seu preço bastante reduzido, tem o objetivo de detectar fugas de corrente elétrica em circuitos defeituosos.

Caso isso seja detectado, o sistema é desligado imediatamente. “Desde 1997, a NBR obriga que os circuitos sujeitos à umidade em uma residência, como banheiros, garagens, áreas de serviço, cozinhas e varandas, instalem o DR. No entanto, infelizmente, a sua utilização ainda é baixa no Brasil, apesar dessa legislação ter mais de duas décadas”, explica o gerente da companhia.

“O equipamento, que não é motivo para encarecimento da obra, poderia evitar muitos acidentes elétricos e salvar muitas vidas. É importante também que todas casas tenham um projeto elétrico, o que facilita a manutenção e até a avaliação para o acréscimo de novas cargas, e que qualquer serviço elétrico seja feito por profissionais qualificados”, complementa.

A Cemig alerta também à população que, em caso de necessidade de qualquer manutenção na rede elétrica, é importante que o disjuntor da residência seja desligado para reduzir as chances de acidentes com a eletricidade. Além disso, sempre que for necessário esse tipo de manutenção, procure um profissional especializado.

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