Comitê de Política Monetária reforça possibilidade de alta nos juros

Imagem: Investimentos e Notícias

Nesta terça-feira (28), o Banco Central divulgou a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) a respeito da decisão pela manutenção da taxa de juros em 13,75%. Na semana passada, o Copom manteve a taxa básica de juros pela quinta vez seguida. Mais uma vez, em tom duro, o comitê afirmou que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como o esperado.

“Acredito que o Copom passa a bola para o governo, dando o recado de que um arcabouço fiscal crível pode reduzir as incertezas, o prêmio de risco e melhorar as expectativas da inflação. Caso o arcabouço agrade o mercado quando for divulgado, é possível  um movimento parecido para a próxima reunião do Comitê caso o arcabouço seja divulgado a tempo. Esperamos a Selic para o fim do ano entre 12,50% e 12,75%”, comenta André Fernandes, head de renda variável.

“A diferença entre o comunicado e a ata é que a ata é um documento mais completo em que eles têm a oportunidade de justificar mais pontos com detalhes. O Banco Central segue demonstrando preocupação com a aceleração dos preços. Ele é bem claro no que diz respeito ao compartilhamento das responsabilidades. Deu a entender que o governo precisa trabalhar junto com o Banco Central”, explica Ricardo Jorge, especialista em renda fixa.

Bruno Piacentini, economista e professor da “Eu Me Banco”, acredita que os títulos pós-fixados são excelentes opções para o investidor, que muitas vezes, só olha para esse título como reserva de emergência por conta de sua liquidez e baixo risco de mercado: “Os títulos atrelados a taxa CDI não possuem o mesmo risco de marcação a mercado que os títulos prefixados e, com os juros altos, são uma ótima opção de rentabilidade,” destaca o docente.

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