Saúde: 87% das pessoas com deficiência apontam experiências ruins

Foi anunciado na 53ª Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, os resultados de uma pesquisa global que revelou uma diminuição da confiança de grupos minorizados (comunidades negras e de minorias étnicas, mulheres, pessoas com deficiência e comunidade LGBTQIAP+) com relação aos sistemas de saúde, além dos profissionais que atuam na área. O estudo, que é o primeiro do tipo, ouviu mais de 11.500 pessoas em cinco países (Brasil, entre eles). Aqui,  foram entrevistadas 2.270 mil pessoas entre os meses de julho e agosto de 2022.

A pesquisa mostrou uma diminuição da confiança nos sistemas de saúde entre esses grupos, com quase 75% das pessoas dizendo que tiveram experiências de saúde que prejudicaram sua confiança. A pesquisa destacou que, quando se trata de confiança nos cuidados de saúde, 59% dos pacientes de comunidades sub-representadas gostariam de ter acesso as profissionais de diversas origens. A primeira pesquisa global sobre a confiança de vários grupos sub-representados na área da saúde mostrou evidências preocupantes de que a maioria das pessoas de comunidades sub-representadas.

“Como uma grande empresa de saúde, acreditamos que a Sanofi tem a responsabilidade de ajudar a refletir sobre os resultados da pesquisa e buscar coletivamente meios de resolvê-los com o setor de saúde. Não temos como objetivo fazer acusações ou procurar culpados, mas sim fazer um alerta para que todos os envolvidos possam melhorar as condições de atendimento e oferecer experiências mais positivas. Precisamos agir contra as disparidades observadas nesta pesquisa,” revela Neila Lopes, da empresa que encomendou o estudo.

A pesquisa perguntou para os entrevistados sobre suas experiências de acesso a tratamento médico, com grandes amostras provenientes de grupos minoritários e sub-representados. A maioria das pessoas desses grupos relatou uma ou mais experiências negativas, levando a níveis mais baixos de confiança. ‘Não se sentir ouvido’ (37%), ‘receber um serviço ruim’ (34%) e ‘explicações ruins’ (33%) foram os principais fatores contribuintes, com um em cada cinco dizendo que se sentia ‘indesejável’ (20%), ‘julgado’ (20%) ou ‘inseguro’ (19%).

No Brasil, pessoas negras e de outros grupos raciais têm mais probabilidade de sentirem-se ‘indesejadas’ por um prestador de saúde ou pelo sistema de saúde no geral (23% contra 18% das pessoas brancas), já as pessoas do sexo feminino dizem ter mais dificuldade em receber orientações adequadas e serem ouvidas em comparação aos pares do sexo masculino (38% contra 30%). De acordo com a pesquisa, 87% das pessoas com alguma deficiência no Brasil disseram ter experiências que prejudicaram sua confiança na área de saúde, contra 77% das pessoas sem deficiência.

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