Imagem: SDI/Unifei
No final de 2022, foi apreciada pelo Conselho Universitário a nova Cadeia de Valor (CV) que será adotada pela Universidade Federal de Itajubá
Uma Cadeia de Valor (CV) na Universidade Federal de Itajubá (Unifei) é um instrumento importante para o planejamento institucional e tem como objetivo subsidiar a identificação do valor público entregue aos usuários, e permite a melhor visualização do valor ou do benefício agregado à realização de processos de trabalho ou serviços, sendo utilizada amplamente na definição dos resultados e impactos de uma instituição. A iniciativa do desenvolvimento da CV da Unifei partiu do professor Fábio Roberto Fowler, do Instituto de Engenharia de Produção e Gestão (IEPG), chefe de Gabinete da Reitoria quando se deu o início dos trabalhos.
Os servidores diretamente envolvidos na construção do instrumento, e responsáveis por analisar todas as informações e documentação, participar das oficinas e demais atividades junto ao grupo de trabalho, foram os membros técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Institucional (SDI) e do Gabinete da Reitoria: Eliane D’Martin Fowler, Felipe Rodrigo Mendes, Guilherme Ferreira Aniceto e Yascara Fabrina Fernandes, além do aluno Giovane Renó Ribeiro, estagiário da SDI. Por se tratar de um objeto organizacional estratégico, foi demandado ainda o apoio consultivo dos pró-reitores, diretores de Unidades Gestoras e de Unidades Acadêmicas.
Para a construção de sua CV, a Unifei participou de um grupo de trabalho, composto por 25 órgãos e entidades da Administração Pública, como, por exemplo o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), além de diversas universidades e institutos federais. O grupo contou com uma consultoria técnica, no âmbito do Programa de Gestão Estratégica e Transformação do Estado (TransformaGov), oferecida por Nicir Chaves, que é mestra em Direção e Gestão dos Sistemas de Seguridade Social, pela Universidade de Alcalá, na Espanha, além de gestora de Inovação e Gestão da Estratégia na Previdência Social.
O objetivo do grupo era construir, coletivamente, a Cadeia de Valor Integrada (CVI) da Educação Brasileira, incluindo todos os seus níveis, funções de negócio e atores. Por meio desse trabalho, foram analisados 46 normativos da área da Educação, partindo da própria Constituição Federal Brasileira. Também foram feitas 387 entrevistas com equipes de diversos órgãos, através das quais 726 serviços foram verificados. As unidades acadêmicas compõem a equipe gestora e administrativa da Universidade. Isso foi feito por meio de entrevistas e consultas via formulário on-line e por meio de diálogos construtivos junto à equipe técnica. Foram apreciadas 14 cadeias de valor, e realizadas mais de 120 oficinas.
“Além de termos contribuindo fortemente com a elaboração desta entrega em nível nacional, tivemos a oportunidade de revisar e alinhar nossa Cadeia de Valor à CVI da Educação, o que nos proporciona, institucionalmente, um alinhamento estratégico maior aos demais entes governamentais”, explicou Yascara Fernandes, da SDI. A CV descreve a estrutura hierárquica da criação de valor por meio de uma visão sistêmica, ou seja, que independe da estrutura organizacional; declara o valor público entregue à sociedade e representa o modelo de negócio da instituição por meio dos macroprocessos e processos, além de possibilitar a priorização de serviços para a inovação e transformação.
Segundo a consultora do TransformaGov, Nicir Chaves, outros pontos de relevância da CV são que ela contribui para a estruturação de governança corporativa, de avaliação de riscos, de análise de custos e de relatórios legais, bem como para a elaboração de manuais de processos, de indicadores de desempenho e do código de classificação da informação e documentação institucionais. Além disso, através do uso da CV é possível desenvolver o perfil de competências na instituição, definir os controles de gestão e aprimorar as normas e requisitos de negócio, entre outros. A CV de uma instituição pública é construída a partir da definição da missão e do valor público para a sociedade.
Pressupõe o entendimento claro dos porquês da existência da instituição, do que ela se propõe a oferecer aos seus usuários e à comunidade. Em seguida, são analisados os macroprocessos da instituição, divididos em três partes: os macroprocessos finalísticos, voltados às atividades essenciais da organização para cumprir o seu propósito, agregando valor diretamente para o usuário; os macroprocessos gerenciais, que promovem uma visão corporativa, buscando a implementação de estratégias e permitindo um direcionamento comum a toda a administração da universidade, e, por fim, os macroprocessos de suporte, que são projetados para estruturar os processos finalísticos.
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