Dia 31 de março é conhecido como O Dia Mundial do Transtorno Bipolar, mesmo dia do aniversário de do pintor Vincent Van Gogh, que fora diagnosticado como possível portador do transtorno afetivo Bipolar. O objetivo da data é chamar a atenção da sociedade para as questões relacionadas aos paradigmas existentes da doença. Trata-se de um transtorno psiquiátrico que pode causar grande sofrimento em quem é acometido por ele e em familiares, amigos e cuidadores que convivem constantemente com esse indivíduo. É importante manter-se atualizado a respeito da sintomatologia característica do transtorno. É necessário seguir os cuidados médicos indicados e a medicação, de forma correta.
De acordo com a psicóloga Tais Fernandes, do Grupo Said, empresa de cuidadores de idosos, o diagnóstico ocorre com maior prevalência na adolescência e na fase adulta, e em menor escala em crianças e idosos, mas ainda acontece. Segundo a Fundação Allan Kardec, em idosos, a doença atinge de 10% a 25% dos pacientes com transtorno de humor. Se caracteriza por oscilações de humor, com momentos depressivos e outros de mania ou hipomania. “Existem dois tipos de Transtorno Bipolar, o tipo I e o tipo II, onde no primeiro a pessoa passa por momentos de depressão e de mania e no segundo há momentos de hipomania e depressão”, complementa a psicóloga.
Nos episódios de depressão, o idoso tende a se isolar, procura ficar mais na cama, muitas vezes há perda de apetite e alterações no sono. Na hipomania, o paciente costuma ficar mais alegre, eufórico, com mais energia. “Já na mania ele tem a excitabilidade e euforia mais intensas, com risco a ter condutas que o colocam em risco. Para que esses episódios sejam classificados dentro da bipolaridade, é necessário que os sintomas persistam por no mínimo quatro dias”. Para auxiliar os idosos que estão passando pelo transtorno, Tais afirma que a família e os cuidadores do idoso precisam entender que neste processo eles também são afetados pelos sintomas.
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