A escassez de mão de obra está entre os grandes desafios enfrentados pelas empresas de logística em todo o mundo, tanto no setor de transporte quanto no de armazenamento. Um dos motivos é a dificuldade de atrair profissionais, principalmente especializados em novas tecnologias, para auxiliar as empresas nos processos de inovação, reforçando o papel estratégico da área de Recursos Humanos no setor. Essa é uma das conclusões do relatório “Logistics Global HR Trends”, realizado pela Gi Group Holding, a partir de dados públicos da indústria e estimativas de líderes na China, Brasil, Alemanha, Itália, Polônia e Grã-Bretanha.
Os resultados mostram que apenas 26% dos entrevistados acreditam que a logística está entre os melhores setores para se trabalhar, ligeiramente acima de setores como manufatura (23%) e construção (20%). Em contraste, a maioria dos empregados do setor (87%) diz estar satisfeita com seu trabalho, em comparação a 85% dos empregados em outros setores. Analisando os dados apenas do Brasil, o percentual de profissionais satisfeitos é ainda maior: 94%.
“Apesar do reconhecimento de sua importância na economia, evidenciada durante a pandemia da covid-19, as necessidades, especificidades e desafios da logística ainda são pouco conhecidos pela população, com grande parte da dela compreendendo que o trabalho na área é fisicamente exigente e destina-se apenas à mão de obra não qualificada quando, na realidade, é necessário ter especialização, conhecimentos técnicos e utilizar tecnologia também”, explica Carlos Henrique Martins Tonnus, diretor da Gi Group Holding do Brasil, com base no relatório.
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