Segundo dados relevados por pesquisa, o consumo de drogas está diretamente relacionado à ocorrência de mortes e ferimentos no trânsito. O estudo mostra que 44% dos pacientes com lesões traumáticas em decorrência de sinistros do tipo eram usuários de álcool, sendo que 31% de entorpecentes. “Medidas devem ser tomadas sempre antes que um motorista incapacitado venha a assumir o transporte da carga mais valiosa que existe: a vida humana,” afirmou Fernando Pedrosa, de Organização Não Governamental (ONG) do trânsito.
O estudo avaliou 376 pacientes com lesões traumáticas no trânsito, quedas e episódios de violência e relatou a prevalência do consumo de substâncias psicoativas entre pessoas internadas por traumas, reforçando que a falta de políticas públicas baseadas em evidências científicas é um dos pontos-chave que dificultam o controle do uso de drogas. E o consumo de substâncias psicoativas é um fator de risco para ocorrências trágicas que podem ser evitadas, diminuindo o custo do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A fiscalização, por mais eficiente que possa ser, e ela efetivamente não é-, não consegue alcançar anualmente nem 1% dos 75 milhões de condutores habilitados. A solução está então em medidas preventivas, eficazes e de amplo alcance, como é o caso do exame toxicológico de larga janela, que identifica com precisão científica o usuário regular de drogas que alteram o sistema nervoso central do usuário, comprometendo sua cognição, reações e coordenação motora”, explica Fernando Pedrosa.
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