Riscos da exposição demasiada ao sol, e os casos de câncer de pele

Foto: Agência Brasil

Responsável por 30% dos diagnósticos de câncer no país, tumor é frequente. Doença pode ser evitada com uso de protetor solar

Na sexta-feira (3), a Casa Branca informou que o presidente dos Estados Unidos Joe Biden passou por uma cirurgia para retirada de um câncer de pele. A lesão cutânea na região do peito, identificada como carcinoma basocelular, foi totalmente removida por meio de cirurgia. De acordo com a oncologista Sheila Ferreira, a exposição direta ao sol sem a devida proteção é a causa mais comum ligada ao surgimento de tumores cutâneos. “Em linhas gerais, a principal causa evitável do câncer de pele é a constante exposição à radiação ultravioleta (UV) sem uso de proteção adequada. Por isso, é preciso estar atento aos efeitos do Sol para a nossa saúde. Os melanócitos e queratinócitos (células da pele) são os principais envolvidos no processo de fotoproteção e quando expostos à radiação solar podem aumentar em número e tamanho”, diz a médica.

Os raios nocivos aumentam em até dez vezes o risco de câncer de pele. Este câncer é o que mais afeta os brasileiros, correspondendo a um total que ultrapassa a marca de 185 mil novos casos a cada ano, ou cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Sheila explica que o surgimento da doença ocorre quando há um crescimento anormal e excessivo dessas células que compõem a pele. “Resumidamente há dois tipos de classificação para os tumores cutâneos: melanoma, mais raro e que surge em forma de pintas ou sinais, e não-melanoma, responsável por 95% dos tumores cutâneos identificados entre os brasileiros e que se caracteriza comumente pelo surgimento de feridas ou manchas avermelhadas que coçam, descamam e podem sangrar”.

A médica ressalta que os principais sinais e sintomas de câncer não-melanoma são a presença de lesões cutâneas com crescimento rápido, ulcerações que não cicatrizam, e que podem ser associadas a sangramento, coceira, dor e que geralmente surgem em áreas muito expostas como rosto, pescoço e braços. “Histórico familiar, características da pele, quanto mais clara mais propensa a desenvolver o câncer, e excesso de exposição solar são fatores de risco para a doença. Manchas com crescimento rápido e feridas cutâneas, que não cicatrizam, estão entre os sinais que não devem ser ignorados”. Para pessoas que costumam ficar expostas ao Sol, é preciso reforçar o uso do protetor solar diariamente, principalmente no rosto. Se a exposição aos raios solares for maior, como na praia ou piscina, por exemplo, é importante abusar do protetor solar.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *