Praça do Areão recebe mostra “Muros Invisíveis” com 42 fotos de afro-empreendedores de Itabira

Sérgio Diaz. Foto: Deivid José

Encerrando as atividades da 2ª edição do Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira), acontece nesta quarta-feira (1º), às 19h, a abertura da exposição “Muros Invisíveis”, na praça do Areão, com a presença de Preto Zezé, presidente nacional da Central Única das Favelas (Cufa) e show do artista itabirano Sérgio Diaz, às 20h, que apresentará  “Retratos Urbanos”, um pocket-show onde a música e a poesia estão juntas.

A exposição, que segue até o dia 31 de março, traz 42 retratos de moradores de Itabira, afro-empreendedores, registrados pelo fotógrafo da cidade Yury Oliveira. O objetivo é mostrar a história de pessoas socialmente invisibilizadas.  A curadoria é de Nalbert Victor, estudante de Arquitetura e Urbanismo; e de Eva Maria Gonzaga, ativista cultural integrante da Rede Nacional de Mulheres Negras no Combate à Violência.

Preto Zezé. Foto: Daniel de Araújo Ferreira

Os fotografados darão depoimentos que ficaram disponíveis no Youtube do Flitabira. Esta iniciativa tem o patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, apoio da Prefeitura de Itabira e Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA). O Flitabira tem o patrocínio anual do Instituto Cultural Vale, via Lei Federal de Incentivo do Ministério da Cultura.

Presidente Nacional da Cufa, membro da Frente Nacional Antirracista, empresário, escritor, sócio fundador da iO diversidade e fundador do Laboratório de Inovação Social (LIS), além de uma das principais vozes ativas nas favelas, Preto Zezé é uma potência em ativismo social e canais de comunicação. O itabirano Sérgio Diaz traz sua história de grande marca do interior, do barroco e a profusão cultural no Estado de Minas Gerais.

Foto: Criativa Publicidade

A dança e as artes visuais, música, poesia e o sentimento político e social do ser humano moderno, serão mostrados. No evento, Sérgio vai apresentar seu novo trabalho em formato de pocket-show, onde a música e a poesia darão o tom. “Tempo esse que tudo destrói e também tudo reconstrói, trazendo sempre à tona resquícios de um passado para auxiliar na criação do futuro,” diz o artista. O espetáculo tem diálogo lítero-musical intimista do poema “Retrato” de Drummond.

A exposição “Muros Invisíveis” traz 21 totens de cerca de dois metros de altura, colocando em foco a vida e a trajetória de 42 afro-empreendedores, pessoas historicamente invisibilizadas, que têm e tiveram uma vida de lutas para enfrentar preconceitos contra a cor, gênero ou classe social.  “A exposição veio com o intuito de garantir que o nosso lugar de fala fosse preservado”, destaca Nalbert Victor, um dos curadores.

Sérgio Diaz. Foto: Deivid José

“Pude conhecer um pouco de cada pessoa que recebeu o convite para ser fotografada e foi nítida a felicidade, não somente minha, mas de cada pessoa, por sentirem que elas vão ser vistas de uma forma mais enérgica na cidade. O fato de existirem muros invisíveis ficou bem mais perceptível no momento dos diálogos, que mostraram como não nos sentimos valorizados”, conta o fotografo, Yury Oliveira, um dos produtores da mostra.

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