Teste genético da bochechinha pode detectar doenças em recém nascidos

A partir deste mês, os bebês brasileiros podem ser investigados para uma condição silenciosa, que pode levar a comprometimento sensorial e neurológico. Na mesma amostra de saliva colhida para o Teste Genético da Bochechinha, que detecta alterações em mais de 390 genes, o Grupo Sabin incluiu, pela primeira vez no Brasil, a pesquisa para citomegalovírus congênito, condição capaz de provocar surdez e alterações neurológicas. A integração de uma doença infecciosa no rol de diagnósticos do teste genético da bochechinha é novidade para médicos e famílias de recém-nascidos.

“A investigação para citomegalovírus congênito não era realizada de praxe, já que a sensibilidade para detecção do vírus na amostra de sangue habitualmente coletada no teste do pezinho não é adequada. Com o uso de amostra de saliva, que já é coletada para o Teste Genético da Bochechinha, conseguimos acrescentar mais essa condição à lista das doenças investigadas”, destaca o farmacêutico e coordenador de Genômica do Grupo Sabin, Gustavo Barra.

“São doenças que, se diagnosticadas precocemente, podem ser tratadas corretamente desde os primeiros dias de vida. A identificação da infecção vai permitir que o bebê seja adequadamente acompanhado por especialistas, a fim de identificar precocemente possíveis sequelas que podem surgir meses ou até anos. A novidade de fazer tudo na mesma amostra de saliva colhida por um cotonete na bochecha do bebê, além de rápido e indolor para a criança, auxilia o médico a determinar o tratamento com mais precisão e rapidez”, explica a médica geneticista do Sabin, Rosenelle Araújo.

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