
Imagem: Money Times
Aparecem na mídia golpes relacionados a pirâmides financeiras, recentemente foram nas criptomoedas. Contudo, a preocupação com o tema deve ser muito maior quando o tema não está em foco. Esse tipo de golpe financeiro vem crescendo no país em função do cenário desanimador, com perspectivas preocupantes. Questões como inflação, incertezas, falta de oportunidades em negócios e desemprego, aumentam a preocupação, de quem buscam alternativas e caem em armações de fraudadores, aproveitando da vulnerabilidade social.
“Tenho observado muitas reclamações relacionadas a pirâmides financeiras. Essas fraudes têm como características o fato de que somente uma pequena parte das pessoas que participam do esquema ganha dinheiro, enquanto a maioria fica no prejuízo” explica Afonso Morais, especialista em recuperação de crédito e fraudes digitais. Ainda segundo ele, em resumo, são negócios fraudulentos que lucram baseados em apenas uma regra, o recrutamento de novos participantes a cada dia. Não há sequer a real comercialização de produto ou serviço.
“Importante ter em mente que essa prática proibida no Brasil, sendo considerado crime contra a economia popular. Não existe uma legislação específica capaz de reprimir a prática recorrente no país”, complementa Afonso Morais. Quando existe alguma ação em relação a esses casos, são enquadrados na Lei de Crimes contra a Economia Popular, antiga, mas que pode levar a pena de até dois anos, além de multa por contravenção penal, visto que opera basicamente com ganhos ilegais e, para atrair clientes e ocultar a fraude, usando empresas de fachada.
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