Oncologista da Fundação São Francisco Xavier aponta principais fatores de risco para o câncer

Em fevereiro, os olhares de todo o mundo estão voltados para o Dia Mundial de Combate ao Câncer, comemorado neste sábado (4), e o Dia Internacional de Luta contra o Câncer na Infância, celebrado no dia 15. As datas buscam conscientizar sobre a importância da prevenção e do controle da patologia, considerada uma das doenças mais complexas e preocupantes, que podem afetar o ser humano em qualquer faixa etária. Os dados sobre os casos da doença são alarmantes.

O câncer se manifesta em mais de 100 tipos e é a segunda principal causa de mortes no mundo, responsável por cerca de 10 milhões de óbitos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima mais de 704 mil novos casos no triênio 2023-2025. Em adultos e idosos, os tipos de câncer mais frequentes são o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

A doença pode acometer jovens e crianças. Por ano são esperados oito mil novos casos de câncer infanto-juvenil.  “Uma particularidade do câncer infanto-juvenil é que ele tem menor período de latência (tempo de evolução clínica), maior rapidez de crescimento e agressividade. Contudo, também apresenta melhor resposta ao tratamento oncológico, com chances de remissão que podem chegar a 90%”, explica o oncologista pediátrico da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Lucas Teiichi.

Unidade de Oncologia da FSFX em Ipatinga

Segundo o Inca, estima-se que 80% a 90% dos casos da doença em adultos poderiam ser evitados, sendo a minoria hereditária, ou seja, que pode ser transmitida por gerações. O oncologista reforça que o câncer assume características diferentes em adultos e crianças. “Em adultos está relacionado ao avanço da idade e aos hábitos nocivos de vida, como tabagismo, etilismo e outros riscos de exposição (câncer de pele)”, pontua. Na infância, o câncer, em sua maioria, não tem relação com fatores ambientais.

Oncologista pediátrico Lucas Teiichi

“Geralmente, alguns cânceres diagnosticados em crianças são específicos da infância, que raramente acometem adultos, a exemplo do retinoblastoma (câncer ocular infantil), nefroblastoma (também conhecido como Wilms, tipo raro de câncer de rim encontrado em crianças na faixa dos dois aos cinco anos”, explica. Apesar de ser uma patologia conhecida há séculos, o câncer é uma das doenças mais estudadas pela comunidade médico-científica devido seu caráter epidêmico, ocupando lugar de destaque em pesquisas.

Fotos: FSFX

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