Conscientização: 29 de janeiro é dia mundial do combate à hanseníase

Foto: CRBio

O último domingo de janeiro, neste ano dia 29, marca o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase. Embora os primeiros registros da doença datem de 600 anos A.C. o estigma relacionado a ela perpassa os séculos e até hoje dificulta o diagnóstico e as chances de cura. Por isso a data busca conscientizar a população sobre a doença, que já foi tida como castigo divino. Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, em homenagem ao médico e bacteriologista Gerhard Hansen, descobridor da patologia, a hanseníase é uma doença infecciosa que afeta principalmente a pele, os nervos, a mucosa do trato respiratório superior e os olhos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a hanseníase como parte do grupo de Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN), doenças endêmicas e que apresentam baixos indicadores de investimentos em pesquisa, produção de medicamentos e no controle da enfermidade. Por isso a importância de manter o tema no calendário mundial de saúde. Ao contrário do que muitos pensam, a doença não está extinta e ainda acomete milhares de pessoas mundialmente. Dados do Boletim Epidemiológico 2022 do Ministério da Saúde, apontam que foram identificados 127.558 novos casos da doença no mundo, de acordo com a OMS.

Deste número, 74% são no Brasil, Índia e Indonésia. O Brasil responde por 93,6% do número de casos novos das América, por aqui foram diagnosticados 155,3 mil casos entre 2016 e 2020, dos quais 19,9 mil evoluíram para o grau mais grave. A transmissão da doença ocorre por meio de exposição prolongada a tosses ou espirros de infectados com muitos bacilos da doença, em geral pessoas que não estão realizando tratamento. Indivíduos com poucos bacilos são consideradas pouco transmissoras, por isso iniciar o tratamento precocemente é tão importante para a cura quanto para o controle da disseminação da doença. Os sintomas iniciais levam aproximadamente cinco anos para aparecer.

 

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