Saae explica impacto das chuvas no sistema hídrico

O excesso de chuvas está afetando consideravelmente o abastecimento de água, explica o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itabira. Neste domingo (22), a oferta do recurso hídrico na região do bairro Chapada, foi prejudicada, devido a problemas na captação de água na Estação de Tratamento de Água (ETA), justifica a autarquia.

As águas dos mananciais chegaram turvas à ETA, devido ao carregamento de sedimentos pela enxurrada. Quando isso acontece, de imediato, o Saae inicia manobras para evitar o desabastecimento da região. Esta alteração da água bruta captada nos mananciais, quedas de energia e equipamentos danificados ocasionam paralisações emergenciais, compromete a oferta do produto.

Para assegurar que a água esteja nos padrões de qualidade exigidos, o procedimento recomendado é a redução de vazão que chega às estações, ou suspender o processo por tempo determinado. Em Itabira, o período mais chuvoso do ano vai até março. Na primeira quinzena de janeiro, a cidade recebeu em média de 1.44mm de chuva, índice pluviométrico alto.

Além da alteração da qualidade da água dos rios, que onera o processo de tratamento, o grande volume de chuvas contribui para quedas de energia nas ferramentas do sistema, e até mesmo, equipamentos danificados, resultando em paralisações emergenciais no sistema hídrico. O transtorno causado pela falta de energia é sentido principalmente nos distritos, de Ipoema e Senhora do Carmo.

O Saae registrou outras situações em decorrência do excesso de chuvas: problemas na captação da água na ETA Pureza, rompimento de abastecimento nos bairros Barro Branco e Boa Esperança; rompimento do poço do Areão. “A autarquia se desdobra para manter o abastecimento para os itabiranos nessa época do ano,” diz comunicado do Saae.

Durante o período de chuvas intensas, cresce também os casos de transbordamentos de esgoto. Embora não estejam visíveis, as redes de drenagens, pluvial e de esgoto, têm papel fundamental na manutenção da infraestrutura da cidade. Identificar a diferença é fundamental para garantir a boa utilização de ambas, uma captando e encaminhando água usadas nas ligações, e a outra, o volume das chuvas.

“Na época de chuvas, os transbordamentos se agravam devido à existência de redes pluviais conectadas de maneira irregular no sistema de esgoto. Quando a água da chuva também passa pela rede de esgoto, o sistema fica sobrecarregado, uma vez que, não foi criado para essa finalidade”, revela o diretor técnico-operacional do Saae Itabira, Júlio Ismael de Assis Saldanha.

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