Caramujos africanos estão sendo encontrados em Itabira

Agentes de combate a endemias (ACEs) estão orientados para seguir de porta a porta para orientar e recolher as conchas de caramujos africanos localizados em Itabira, principalmente no Caminho Novo, e bairros Major Lage de Baixo, Jardim dos Ipês e Gabiroba. A praga é a responsável pela transmissão de doenças como a meningite (eosinofílica e a estrongiloidíase). O Caminho Novo, é a região com maior incidência. Os ACEs intensificarão a ação, a partir de segunda-feira (23), a orientação à moradores e a coleta do material. Em seguida, o trabalho será realizado no Parque de Exposições Virgílio José e no bairro Jardim dos Ipês, onde há aparições esporádicas do vetor.

O “achatina fulica”, nome científico do molusco, é nativo da África Oriental e não tem predador natural no Brasil. Ele se prolifera em ambientes quentes, úmidos e sem sol. Terrenos abandonados e quintais das residências são o habitat ideal para a reprodução, que também podem ser encontrados em jardins e hortas, dificultando assim sua eliminação. “O caramujo africano libera em torno de 10 a 400 ovos de uma vez, além de transmitir doenças como a meningite. A infecção ocorre principalmente quando há ingestão do muco que o caramujo libera”, explicou o Diretor de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Gustavo Pinho.

Foto: Prefeitura de Itabira

A orientação é que o caramujo seja coletado por adulto, protegendo as mãos com luva impermeável ou sacola plástica, e utilizando calçado fechado para minimizar os riscos de contato. O molusco deve ser colocado em um galão ou recipiente que possa ser vedado, em seguida fazer uso de sal para desidratá-lo e, consequentemente, levá-lo à morte. “É muito importante jogar o sal apenas depois de aprisionar o caramujo no galão ou outro recipiente, pois pode liberar os ovos no ambiente, quando em contato com o produto. As luvas utilizadas também devem ser descartadas em um saco separado exclusivamente”, ressalta o médico veterinário da SMS, Gustavo Pinho.

Ainda assim, após a eliminação do caramujo o trabalho não termina, pois ele pode ter depositado seus ovos na terra, tornando sua presença persistente no ambiente frequentado pelo animal. Outro ponto importante para o descarte correto das carcaças de caramujos é a possibilidade do acúmulo de água nas conchas, criando risco de foco do mosquito transmissor da Dengue, Zika e Febre Chikungunya. Todos os galões e sacos plásticos contendo as carcaças dos animais serão coletados por equipes de ACEs, da Diretoria de Zoonoses, quinzenalmente. Em caso de dúvida, a população pode entrar em contato com o setor da SMS pelo telefone (31) 3839-2643.

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