Itabira: nos dez primeiros dias de 2023, chuvas estão abaixo do ano passado

A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) fez levantamento das chuvas que caíram recentemente em Itabira, e descobriu que houve redução na ordem de 38%, considerando de primeiro a dez de janeiro de 2023, em comparação ao igual período do ano passado. A população através das redes sociais demonstrava preocupação com o nível pluviométrico da cidade, mas se tratava apenas de uma sensação, não correspondente a realidade, apontou os dados apurados pela Defesa Civil municipal.

“Nós tivemos uma média, ano passado, de 322 milímetros (mm) nos primeiros dez dias do mês de janeiro. Já em 2023, nós tivemos o registro de 198mm. Então percebemos que do ano passado para este, tivemos uma queda de 38,5 em volume de chuva, e também, em registro de danos causados no município. Nos primeiros dias de 2022 tivemos vários problemas causados, mas esse ano, apenas registros pontuais, voltados para aqueles dentro das residências ”, explicou Nilma Macieira, coordenadora da Compdec.

Nilma Macieira

“Não tivemos aqueles danos complexos em várias localidades, como aconteceu ano passado. Nos meses de outubro e novembro de 2022 ocorreu chuva de granizo, acompanhada de destelhamento, uma situação bem diferente em relação ao tempo atual”, destaca a porta-voz da Defesa Civil. Itabira conta com seis estações pluviométricas, usadas para aferir o volume das chuvas, e obter informações necessárias para traçar estratégias, principalmente no agir preventivamente.

Entroncamento da avenida João Pinheiro, e ruas São José e Salvino Pascoal do Patrocínio, em dia de chuva

As unidades de aferição estão nos distritos de Ipoema, e Senhora do Carmo; e nos bairros João XXIII, Gabiroba, Pedreira e Jardim das Oliveiras. “Através delas sabemos a média de chuvas. Esse período se estende até março. Temos previsão de estiagem em fevereiro, mais chuvas torrenciais para o mês de março, com encontro de massas de ar frio do Atlântico Sul, e quente do Pacífico, que pode trazer complicadores. Temos um planejamento estratégico para procedimentos necessários”, destaca Nilma.

A intensidade das chuvas está relacionada à movimentação de encostas e blocos de terra, mas a construção em desacordo com regras da engenharia civil pode criar situações de risco. “Temos em Itabira ocupações que aconteceram de forma irregular, feitas de formas gradativas dentro do terreno, o que consideramos autoconstrução, aquelas sem acompanhamento técnico, o que pode, ao longo do tempo, comprometer a estrutura dessa residência”, alerta Nilma Macieira.

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